O delegado de Polícia Civil, Luís Tonini, foi preso na noite desta terça-feira, 25, após ser acusado de descumprir uma medida protetiva em favor de sua ex-namorada, uma agente de polícia, que o acusou de violência moral e psicológica. A informação foi confirmada pela assessoria da Polícia Civil do Acre.
A medida protetiva havia sido assinada pelo juiz de direito substituto, Jorge Luiz Lima da Silva Filho, e determinava que Tonini não poderia se aproximar da ex-namorada, de seus familiares e de testemunhas, com um limite mínimo de 200 metros de distância.
Segundo informações, a prisão ocorreu após a ex-companheira do delegado ligar para a polícia e comunicar a tentativa de quebra da medida protetiva. Tonini foi conduzido à delegacia de Epitaciolândia, onde exercia o cargo de coordenador.
O caso teve início no início do mês, quando a mulher obteve a medida protetiva contra o delegado após registrar boletim de ocorrência por ameaças. O relacionamento do casal durou 9 meses, e a vítima alega ter sido vítima de violência moral e psicológica.
A medida protetiva, assinada pelo juiz de direito, determinou diversas proibições até que os fatos fossem devidamente apurados. Além da proibição de aproximação, Luís Tonini foi impedido de ter contato com a vítima, seus familiares e testemunhas, seja por qualquer meio de comunicação. Ele também não poderia comparecer nas delegacias de polícia civil dos municípios de Epitaciolândia e Brasiléia, a fim de preservar a integridade física e psicológica da vítima.
O descumprimento das medidas protetivas poderia resultar em multa de R$ 500 para cada infração, além de possibilitar a prisão preventiva, de acordo com a Lei Maria da Penha.
O delegado Luís Tonini negou as acusações e classificou o ocorrido como uma “perseguição desesperada”, alegando que se trata de um “cometimento cristalino de atos criminosos praticados pela direção-geral da Polícia Civil”. Ele também expressou indignação em relação ao tratamento que vem recebendo por parte da instituição.