Após a conclusão dos trabalhos de perícia, o Instituto Médico Legal (IML) divulgou a lista com o nome dos cinco detentos que foram mortos durante a tentativa de rebelião e fuga no presídio de segurança máxima “Antônio Amaro Alves”, em Rio Branco, durante as 24 horas entre quarta e quinta-feira desta semana.
Entre as vítimas, três detentos foram encontrados decapitados, indicando a brutalidade dos acontecimentos.
A lista dos mortos inclui nomes conhecidos pelas autoridades policiais devido ao envolvimento com a facção criminosa “Bonde dos 13”, que controla diversos bairros da capital acreana e rivaliza com o Comando Vermelho na disputa por territórios para a venda de drogas.
Um dos líderes da facção criminosa, Marcos Cunha Lindozo, conhecido como “Dragão”, foi apontado como o principal fundador da organização no estado. Ele estava preso após ser localizado em São Paulo, onde vivia desde sua fuga em 2017, quando foi resgatado por membros de sua facção em um ousado ataque durante seu transporte para depor perante a Justiça.
“Dragão” era responsável por diversos assassinatos em Rio Branco e já acumulava condenações que totalizavam mais de 29 anos de prisão, além de responder a outros processos ainda não julgados. Além da decapitação, seu coração também foi arrancado a faca do peito.
Outros dois fundadores do “Bonde dos 13” também figuram na lista dos mortos: Francisco das Chagas Pereira, conhecido como “Ozim”, e Lucas de Freitas Murici, apelidado de “Poloco”. Ambos cumpriam penas de 29 anos de prisão por assassinatos.
Ricardo Vitorino de Souza, conhecido como “Ricardinho” ou “Anjo da Morte”, era outro membro do Bonde dos 13 que foi assassinado durante a rebelião. Ele era responsável por uma série de homicídios e respondia a mais de 15 processos criminais, acumulando penas que ultrapassavam três décadas de prisão.
Por fim, Davi Olímpio da Silva, conhecido como “Mendigo”, também foi uma das vítimas fatais. Ele era considerado outro líder do “Bonde dos 13” e cumpria pena por assassinatos e por sua associação com a facção criminosa.
A rebelião, que ocorreu no presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves, chegou ao fim na última quinta-feira, 28, após negociações entre a polícia e os detentos.