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No Acre, revendedores de combustíveis enfrentam oscilações de preços repassados pelas distribuidoras

Foto: Dell Pinheiro

Desde que a Petrobras anunciou alteração em sua política de preços há cerca de dois meses, revendedores de combustíveis no Acre têm vivenciado uma ‘montanha-russa’ de oscilações nos valores repassados pelas distribuidoras, foi o que alertou o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Acre (Sindepac)

A nova abordagem da estatal foi apresentada como uma medida que levaria a preços mais baixos para o consumidor final, mas a realidade local parece não acompanhar essa promessa.

Antes, a Petrobras adotava a Política de Paridade de Importação (PPI), que equilibrava os preços internos com os internacionais, considerando também custos como frete e seguro.

Com a mudança, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, garantiu uma redução nos preços finais, baseada na diferença entre os valores nacionais e os de importação.

Contudo, essa redução esperada não tem se concretizado nas bombas dos postos de combustíveis. Por conta disso, o Sindepac tem recebido relatos constantes de revendedores sobre as frequentes alterações de preços nas distribuidoras.

Os preços da gasolina não sofrem uma redução desde o dia 30 de junho, indicando uma estagnação nas mudanças de preço, contrariando as novas diretrizes da Petrobras. Além disso, o aumento dos preços nos Estados Unidos, de onde parte da gasolina é importada pelo Brasil, está impactando diretamente no custo do produto local.

Esse cenário tem deixado os revendedores em uma situação difícil, pois enfrentam variações frequentes nos preços repassados pelas distribuidoras.

“Temos observado que os reajustes vêm ocorrendo gradativamente nas distribuidoras. Infelizmente a gente fica na mão das distribuidoras e paga mais caro no produto sem saber os motivos dessas oscilações”, destacou Delano Lima, presidente do Sindepac.

O percurso que o combustível faz desde as refinarias até os postos é longo, passando pelas distribuidoras, e cada etapa contribui para a formação do preço final. Os revendedores, por sua vez, estão lidando com uma série de aumentos recorrentes, mesmo sem a confirmação de reajustes por parte da Petrobras.

A falta de clareza sobre os motivos das oscilações e o impacto do mercado internacional na formação dos preços deixam os revendedores em uma situação delicada, enquanto tentam manter a competitividade e a estabilidade para seus clientes.

A incerteza em relação aos preços tem sido uma constante, mesmo em um período em que as mudanças eram prometidas como positivas para o consumidor final.

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