“Por se tratar de um setor altamente sensível, além de determinar as apurações devidas e internas pelo ONS [Operador Nacional do Sistema Elétrico], Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica] e nossas vinculadas, estou oficiando ao Ministério da Justiça, para que seja encaminhada à Polícia Federal um pedido de instauração de inquérito policial para que apure com detalhes o que poderia ter ocorrido, além de diagnosticar apenas onde ocorreu”, disse.
Falha no Ceará
Análise preliminar do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgada na última quinta (17) apontou que o desligamento de uma linha de transmissão da Chesf, subsidiária da Eletrobras, no Ceará desencadeou o apagão em todo o país.
A linha é a Quixadá-Forteleza II. Segundo o ONS, houve uma “atuação incorreta” do sistema de proteção, que desligou a linha sem que tenha havido curto-circuito no sistema elétrico.
De acordo com a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), cerca de 29 milhões de unidades consumidoras, como residências, comércios, escolas e hospitais foram afetadas pelo apagão. Somente o estado de Roraima não foi afetado.
O operador afirmou, no entanto, que somente o evento no Ceará não poderia levar à interrupção do fornecimento de energia em todo país.
“Isoladamente, um evento dessa natureza não é suficiente para ocasionar a perturbação observada”, disse.
O ONS deve concluir relatório detalhado sobre a ocorrência de terça-feira, chamado de Relatório de Análise de Perturbação (RAP) em até 45 dias úteis. O prazo, segundo a assessoria do órgão, começou a contar na quarta (16).
Por Camila Bonfim, da Globonews/ G1