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Prefeitura entra na Justiça contra greve de servidores de apoio da Educação: ‘não é razoável e está prejudicando os estudantes’

Na manhã desta quinta-feira, 10, a Prefeitura de Rio Branco realizou uma coletiva de imprensa, no auditório da Secretaria de Gestão Administrativa (SMGA), para abordar a atual situação da greve dos servidores de apoio da Educação, que afeta o funcionamento das creches e escolas municipais, e anunciou que ingressou com uma ação na Justiça contra o movimento, considerado “abusivo” pelo Executivo municipal.

Os esclarecimentos foram dados por Jhonatan Santiago, secretário de Gestão Administrativa, e Paulo Machado, secretário-adjunto de Educação do município. Os gestores apresentaram o posicionamento oficial da gestão em relação à greve, que já dura quase um mês.

“A Procuradoria-Geral do Município ingressou na terça-feira, 9, com um pedido de abusividade da greve, no sentido de que os servidores retornem ao trabalho. Essa que já foi encaminhada ao Tribunal de Justiça. Já está se aproximando da terceira semana de greve. Já nos reunimos cinco vezes com o movimento. Houve uma completação remuneratória considerável para os trabalhadores de apoio da Educação. Não tem como fazer um novo reajuste este ano para a categoria”, frisou Jhonatan.

Santiago enfatizou a preocupação da gestão municipal em valorizar o servidor. “O município complementou em quase R$ 50 milhões a folha de pagamento para valorizar os servidores. Em dois anos e meio da atual gestão, já se fez mais do que nas administrações anteriores”.

O gestor ressaltou que o município não está se omitindo para fazer um debate com a categoria. “Isso pode ocorrer a partir da segunda quinzena de outubro e no mês de novembro, onde faremos um estudo, junto com o tesouro para mandar a Lei Orçamentária para a Câmara de Vereadores, para se ter uma real situação do que pode ser feito. Porém, por enquanto, gostaríamos que a greve fosse encerrada para que não cause prejuízos ainda maiores”.

A categoria pede o reajuste de 14,95% em cima do vencimento-base. A paralisação ocorre desde o dia 19 de julho. Mas, para o secretário-adjunto de Educação, a greve não é razoável, uma vez que a gestão valorizou todos os servidores com a revisão salarial.

“Os diretores e professores entenderam isso, e não fizeram greve. Porém, algumas escolas estão sem aula, porque não tem como ter o serviço sem a equipe de apoio. Cerca de 20 unidades educacionais estão com suas atividades paradas. Alguns professores e servidores administrativos estão fazendo o trabalho das equipes de apoio, para que as crianças tenham aula. Foi uma falta de bom senso do sindicato, que fez todo esse movimento, que prejudica a vida escolar de muitas crianças. Da forma que estão agindo, não haverá avanços. Acredito que logo tudo irá se normalizar”, destacou Machado.

 

 

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