Em resposta à recente e violenta rebelião ocorrida no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, o governador do Acre, Gladson Cameli, tomou medidas decisivas.
Nesta sexta-feira, 4, foi publicada uma edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE) anunciando a exoneração do presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC), Glauber Feitoza Maia.
O instituto estava sob a liderança de Glauber Feitoza Maia por mais de um ano e três meses. Além dele, o diretor executivo operacional do Iapen, Marcelo Lopes da Silva, também foi demitido, que havia sido nomeado em janeiro deste ano e permaneceu no cargo por pouco mais de seis meses.
Para substituir Glauber Feitoza Maia na presidência do Iapen, o governador Cameli nomeou Alexandre Nascimento de Souza. Já Tiênio Rodrigues da Costa assumirá a posição de diretor operacional.
As exonerações ocorrem nove dias após o violento conflito que chocou o Estado. A rebelião durou mais de 24 horas e resultou na morte de cinco detentos. Três das vítimas foram decapitadas.
As investigações sobre a dinâmica da rebelião estão em andamento. A Polícia Civil abriu dois inquéritos para esclarecer as circunstâncias que levaram à tragédia. Os presos conseguiram render um detento e um policial penal, tomando o controle do presídio por mais de um dia.
Duas possibilidades de motivação estão sendo consideradas: uma delas é que a rebelião foi uma tentativa de fuga de 13 detentos que foram contidos, mas mantiveram reféns para negociar. A outra versão sugere que uma facção criminosa planejava invadir o pavilhão de um grupo rival, executando membros como forma de demonstrar poder na disputa por territórios.