Nos últimos dois meses, a Rio Branco registrou 480 focos de queimadas, de acordo com dados divulgados pela Defesa Civil na terça-feira, 1º de agosto.
Embora seja uma quantidade expressiva, a cifra representa redução em comparação ao mesmo período de 2022, quando foram atendidas 700 ocorrências pelo Corpo de Bombeiros.
O tenente-coronel Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, alertou que os meses de agosto e setembro são considerados os mais críticos para o aumento desses incêndios.
“Nesse período, a combinação de fatores como o aumento da temperatura, a baixa umidade do ar, a velocidade dos ventos e a prática irresponsável de queimar resíduos pode resultar em grandes incêndios, gerando prejuízos para a saúde humana, para a fauna, a flora e o meio ambiente”, frisou Falcão.
A situação das queimadas no Acre é tão preocupante que, em julho, o governo declarou situação de emergência ambiental em dez cidades, incluindo Rio Branco. O decreto assinado pelo governador Gladson Cameli tem validade de julho a dezembro de 2023 e se baseou em dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que revelaram um aumento de 127% no desmatamento no Acre entre os anos de 2018 e 2021, em comparação com o período anterior.