A técnica de enfermagem Maria da Glória, de 43 anos, carrega uma angústia incessante à espera de notícias sobre o paradeiro de seu filho, Ítalo Souza da Costa, desaparecido há quase quatro meses. O jovem sumiu na madrugada do dia 28 de abril, após sair da casa da tia no bairro Remanso, localizado no município de Cruzeiro do Sul.
“Sinto muito saudades dele, hoje, mais do que nunca. Parece que a polícia abandonou, não é filho do delegado, do promotor, do juiz. Vejo como falta de interesse porque não acredito que a polícia não tem condições de encontrar uma pessoa em uma cidade do tamanho de Cruzeiro do Sul”, desabafa a mãe, que lamenta não comemorar o aniversário de 22 anos de Costa, celebrado na quinta-feira, 10.
Ítalo deixou sua residência no bairro Telégrafo na noite de 27 de abril, por volta das 20 horas, para uma confraternização na casa da tia. No local, ele consumiu bebida alcoólica até de madrugada. Depois de um certo tempo, ele decidiu sair da residência dizendo que voltaria em breve, o que não aconteceu.
Um mês depois do desaparecido do jovem, a Polícia Civil realizou buscas no Rio Juruá com auxílio de mergulhadores do Corpo de Bombeiros. Na ocasião, o delegado responsável pelo caso, Rafael Távora, confirmou ter realizado algumas oitivas, colhendo depoimentos de testemunhas e traçando uma linha investigativa sólida.
Diante da ausência de informações concretas por parte da polícia, Maria da Glória ressaltou que investiga o caso por conta própria. Ela ouviu de moradores locais que seu filho pode ter sido vítima de homicídio por inveja ou ciúmes, e que a ordem teria saído de dentro do presídio local.
“Meu filho era uma pessoa boa, não fazia mal a ninguém. Tinha amizade com uma pessoa, andavam juntos, bebiam, era uma mulher. Não tinha relacionamento amoroso, mas podem ter acreditado que sim”, desabafou.
Em meio à angústia e abalo emocional, a técnica de enfermagem faz um apelo emocionado para, ao menos, descobrir onde está o corpo de seu filho desaparecido.
Com informações G1 Acre