De acordo com o boletim emitido pelo Observatório de Análise Criminal do Ministério Público, o cenário de homicídios no Acre apresenta um panorama paradoxal.
Entre janeiro e julho de 2023, as mortes violentas intencionais (MVIs) registraram uma redução de 0,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Essa diminuição aparente, no entanto, não se aplica à Capital acreana.
O boletim divulgado no dia 9 deste mês, revela que, em relação a Rio Branco, o número de MVIs teve um aumento de 25% em comparação ao período correspondente ao ano anterior.
Segundo o levantamento, dos 132 homicídios registrados no mês de julho, mais da metade, ou seja, 56 casos, estavam diretamente relacionados a conflitos entre facções criminosas ou ao tráfico de drogas.
Essa porcentagem representa 42,4% das MVIs durante o período. O relatório do Ministério Público observa que a causa predominante, direta ou indiretamente, ainda está associada aos conflitos entre facções.
Em 2022, a média mensal de MVIs foi de 20 assassinatos. No entanto, os dados mostram uma mudança significativa em 2023, com o mês de julho registrando um total de 27 mortes violentas intencionais. O aumento de 35% em relação à média mensal de 2022 evidencia uma escalada preocupante na violência em Rio Branco.