X

Reitor da U:Verse não vai à audiência pública sobre fim das atividades no AC e deputada reage: ‘descaso’

A audiência pública promovida nesta segunda-feira, 28, na Câmara dos Deputados, em Brasília, para debater a interrupção das atividades da U:Verse no Acre aconteceu sem a participação de representantes da instituição de ensino.

O reitor Luiz Antônio Corrêa foi convidado, mas não compareceu. Segundo informações, ele justificou que estava impossibilitado de participar por ter compromissos previamente agendados para a data.

Protocolada pela deputada federal Socorro Neri (PP) e aprovada pela Comissão de Educação da Câmara, a audiência pública teve o objetivo de encontrar soluções para a situação dos mais de 500 estudantes afetados pelo fechamento do centro universitário, em junho deste ano.

Por outro lado, representantes do Ministério da Educação (MEC), Ministério Público do Acre (MPAC) e acadêmicos da U:Verse estiveram na audiência.

O MEC informou que sua assessoria jurídica já trabalha no caso e que enviou ofício a outras instituições de ensino superior de Rio Branco para tentar a transferência dos alunos. Mais da metade dos estudantes são beneficiados pelo Programa Universidade Para Todos (ProUni) e Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

A U:Verse fechou as portas, alegando prejuízos causados pela pandemia de Covid-19 e evasão de alunos. Com isso, os acadêmicos tiveram sua graduação interrompida. O centro universitário afirmou que daria início à transferência dos estudantes para outras instituições particulares de ensino, porém o processo ainda não foi concluído.

Socorro Neri destacou que nem todos os acadêmicos poderão ser beneficiados com a transferência, como por exemplo os estudantes de Arquitetura, cuja faculdade só era ofertada no estado pela U:Verse. Ela classificou ainda como “descaso” a ausência de representantes da unidade de ensino na reunião em Brasília.

“A situação é gravíssima e precisamos tratá-la com a gravidade que ela requer. Esse caso não pode ser concluído como mais um caso de impunidade. São histórias de vida e sonhos que precisam ser respeitados, e a legislação brasileira deve garantir segurança jurídica a todas essas pessoas”, afirmou a parlamentar, que fala em calote da U:Verse contra os estudantes.

Leandro Chaves: