O episódio envolvendo a morte da cadelinha de estimação da influenciadora acreana Maykeline Maia ganhou, na tarde desta quarta-feira, 30, um novo capítulo. Após a primeira audiência, na Justiça, com representantes do hospital, na qual não houve acordo, a blogueira veio a público, em suas redes sociais, portando um novo laudo que contesta a versão do Hospital Lyon sobre o procedimento de castração que resultou no falecimento do animal, em maio deste ano.
De acordo com a nova necropsia, feita por um médico veterinário da Universidade Federal do Acre (Ufac), não foram encontrados vestígios das duas entubações que a unidade de saúde teria afirmado que fez na cachorrinha Sasha, da raça shih tzu.
Segundo Maykeline, o hospital teria dito que realizou a primeira entubação para anestesiar o animal, contrariando as informações presentes no próprio site do órgão de que esse tipo de procedimento é feito por meio de inalação. Já a segunda entubação teria sido efetuada para tentar reanimar a cadelinha, após as complicações cirúrgicas.
Além disso, o novo laudo necroscópico afirma que o animal não estava apto para a cirurgia e que o próprio hemograma feito pelo hospital já trazia informações que levariam a essa conclusão por parte do cirurgião veterinário, que, mesmo assim, efetuou o procedimento.
O resultado do hemograma dizia que o animal apresentava neutropenia, que é a baixa presença de um tipo de glóbulo branco. Além disso, Sasha estava com uma contagem aumentada de linfócitos. Ambas as condições são anormais e, segundo o novo laudo, impeditivas para um procedimento de retirada do útero.
“Mas eles disseram que esse resultado não era algo relevante”, lamentou a blogueira. Ela acusa ainda o hospital de não ter feito outros exames pré-operatórios que estariam previstos no catálogo de serviços da unidade, como o eletrocardiograma. “Se eles tivessem feito os outros exames, teriam visto que existiam mais coisas para tratar”.
Judicialização
No atestado de óbito do animal consta que o motivo da morte foi parada cardiorrespiratória. Após divulgar nas redes sociais o nome do hospital, logo após a morte da cachorrinha, Maykeline foi alvo de um processo na Justiça por parte da unidade de saúde, que quer indenização de R$ 20 mil, exclusão das postagens e retratação.
O Lyon justificou, em nota, que entrou com o processo para resguardar seus funcionários, “que dependem da empresa para alimentarem a si e seus familiares”. Leia:
Nesta quarta, uma audiência de conciliação entre as partes terminou sem acordo. Maykeline revelou que vai abrir um processo contra o hospital. “A partir de hoje a gente não fala mais só em nome da Sasha, mas de todos os outros que já se manifestaram e se juntaram a nós para trazer suas experiências”.