A banda Rosa de Saron comemora 35 anos de carreira como expoente do rock cristão e agora lança seu novo projeto audiovisual, chamado In Concert. Com A Rosa e o Espinho disponível nas plataformas de áudio e vídeo, o grupo formado por Bruno Faglioni, Rogério Feltrin, Wellington “Grevão” Greve e Eduardo Faro lança, nesta terça-feira (26/9), a parceria com o Padre Fábio de Melo, O Sol Ainda Brilha.
Mas a carreira, que hoje é solidificada, chegou a enfrentar alguns percalços, principalmente no começo. Com o rock sendo muito ligado ao diabo e imagens satanistas, uma parte do público chegou a resistir às músicas católicas cantadas no estilo. Mas Eduardo explica que essa relação perdeu a força.
“Acho que esse conceito é meio datado dos anos 1970 (…) e isso mudou muito. Mas nos anos 1990 ainda existia muito, porque o pessoal da igreja ainda via esse vínculo. Foi difícil no começo, mas acho que, como tudo, o tempo mostra que, na verdade, estilos são estilos e que cada um pode usar e falar de coisas legais, ou não tão legais assim”, avalia o violonista.
O estilo musical também ajudou o grupo a ir além do mercado cristão, e principalmente católico. “A música tem essa vantagem de romper barreiras, é um processo natural dela, e por isso a música gospel chega a públicos diferentes. Às vezes a pessoa está numa vibe de querer ouvir uma mensagem de esperança, mas não, necessariamente, está engajada em algum movimento religioso. É um processo natural, e é bom que seja assim”, pontua o baixista Rogério Feltrin.
O vocalista Bruno Faglioni ressalta ainda que vivemos uma época em que “as músicas, principalmente no mainstream, são voltadas para o entretenimento, consumo rápido e dancinha do TikTok”, mas que, mesmo indo por um caminho diferente, a banda consegue alcançar o público. “Você encontrar um espaço para ainda falar com as pessoas, passar uma mensagem, é uma alegria”, conclui.