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Jogador que doou coração para Faustão queria sair do litoral e ser pai, dizem amigos

Amigos de Fabio Cordeiro da Silva, de 35 anos, disseram que o azulejista e atleta amador do litoral paulista queria ser pai e se mudar para Florianópolis.

Era de Fabio o coração que foi recebido pelo apresentador Fausto Silva, o Faustão, no último domingo, 27. Esquerdinha, como era conhecido, teve a morte cerebral confirmada no sábado (26) após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) na obra em que trabalhava em Santos (SP).

O desejo de ser pai foi compartilhado pelo azulejista ao amigo de infância Geremias Lima dos Santos, também de 35 anos.

O azulejista era casado e não tinha filhos. “Ele também estava pensando em se mudar para Florianópolis, onde temos alguns amigos. Ele queria arrumar trabalho por lá também”, contou o funcionário público.

Nada nos exames

Fabio jogava futebol constantemente e gostava de participar dos campeonatos amadores. Participou de várias equipes de São Vicente (SP), Mongaguá (SP) e Itanhaém (SP). No ano passado, segundo o amigo, ele se sentiu mal após uma partida e fez exames, os quais não apontaram nenhum problema de saúde.

“Ele até parou de jogar enquanto os resultados não chegavam. Mas, como não tinha nada de errado, ele voltou a disputar partidas”, lembra.

O vidraceiro Wallyson Luiz, de 28 anos, foi companheiro de time de Esquerdinha em 2021, quando venceram outro campeonato amador, também no litoral. “Era um cara humilde, que tinha uma animação muito grande. Gostava de cantar, de fazer festa onde chegava. Era um grande amigo”, disse.

A morte do amigo abalou a todos do círculo social mais próximo, mas Luiz disse que a surpresa maior foi descobrir que o coração dele havia sido doado para Faustão.

“Tem gente até agora que não acredita nisso. Deus sabe de todas as coisas e para tudo tem um propósito”, disse.

A reportagem tentou contato com a esposa de Esquerdinha, mas não teve retorno. Segundo os amigos, ela ainda está muito abalada com a morte do marido. Após a repercussão do caso, o irmão preferiu não se pronunciar.

“Vivo um misto de sentimentos. Triste pela partida do meu amigo, mas feliz porque, independentemente de ter salvado uma pessoa famosa, ele salvou uma vida. Aliás, mais de uma”, acrescenta.

CNN Brasil

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