Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Casal junto há 40 anos oficializa união em Casamento Coletivo da Expoacre Juruá

Uma cerimônia emocionante foi realizada no estádio Arena do Juruá. O Poder Judiciário do Acre promoveu o casamento coletivo, que oficializou a união de 500 casais. Entre eles, Maria Ausete Alves Bezerra, 62 anos, e Francisco Batista de Souza, 67 anos, um casal que aguardou quatro décadas para, finalmente, oficializar a união.

Eles se conheceram ainda jovens e, desde então, construíram uma vida juntos. No entanto, devido às circunstâncias da época, não puderam realizar um casamento oficial perante à lei. Durante 40 anos, enfrentaram desafios, superaram obstáculos e mantiveram-se firmes no desejo de formalizar seu amor.

O casal relatou que o momento da cerimônia foi indescritível. “Sentimos como se estivéssemos finalmente completando um ciclo em nossas vidas. Esperamos tanto tempo por esse momento e, agora, estamos muito felizes em poder dizer que somos oficialmente casados”, compartilhou Maria Ausete.

O Casamento Coletivo é uma iniciativa do Projeto Cidadão, que há 28 anos tem levado serviços essenciais aos cidadãos nas regiões mais distantes do Acre, promovendo inclusão e cidadania. Neste evento especial, a organização proporcionou a oportunidade para centenas de casais concretizarem seus sonhos de se casar oficialmente.

Durante a cerimônia o juiz Erik Farhat destacou a importância do evento para a sociedade acreana. “O Casamento Coletivo é uma oportunidade única para que casais, muitas vezes esquecidos pelo sistema, possam regularizar sua situação matrimonial. Além disso, é uma celebração do amor e do compromisso, fortalecendo os laços familiares em nossa comunidade”, afirmou o magistrado.

“São 28 anos indo a comunidades ribeirinhas, indígenas, ramais e seringais, levando o acesso à documentação básica e aos benefícios das políticas públicas. 28 anos em que parceiros que acreditam nessa missão, nos dão as mãos e caminhamos juntos em prol da sociedade, e assim ultrapassamos os muros do isolamento, da falta de acesso, levando cidadania e inclusão.”, disse a presidente do TJAC, Regina Ferrari.

Sair da versão mobile