O clube de futebol acreano Rio Branco recebeu uma ordem judicial de penhora das receitas de 12 das 14 lojas da galeria do CT José de Melo. A penhora das lojas ocorre após o clube ser derrotado em um processo envolvendo o leilão de um terreno próximo da Cidade do Povo, em Rio Branco.
Segundo os dirigentes do clube, o aluguel das lojas do CT José de Melo é a única fonte de renda fixa do clube e é usada para o pagamento das despesas gerais. O presidente Valdemar Neto se pronunciou alegando que a decisão ‘condena o Rio Branco a morte’.
“Lá tem sete pais e mães de família, que vivem do trabalho e aí se tu pega toda a renda do Rio Branco, como que o Rio Branco vai pagar os sete funcionários? o parcelamento da Receita Federal? o parcelamento de dívidas trabalhistas? O que tô falando é algo mais grave. É comprometer o clube em todos os sentidos”, declara Valdemar.
O time entrou na Justiça tentando reaver a posse do terreno da Cidade do Povo, que chegou a ser avaliado em R$ 17 milhões e foi leiloado por R$ 1 milhão. Sem êxito, o time foi condenado a pagar os honorários de sucumbência, que são as despesas advocatícias que o lado vencedor teve no processo.
O custo total desses honorários de sucumbência giram por volta de R$ 300 mil, montante considerado alto pela diretoria do clube, que implica no planejamento para próxima temporada e na saúde financeira.
Por conta disso, a pré-temporada para 2024, que deveria ser iniciada em dezembro, pode ser adiada para janeiro por conta das novas despesas. O clube aguarda o repasse do dinheiro que foi prometido pelo Governo do Acre por meio do convênio firmado junto à Federação de Futebol do Acre (FFAC).