O governo federal anunciou na última semana, o repasse de R$ 600 milhões provenientes do Fundo Amazônia. O recurso, financiado pelo BNDES e gerido pelo Ministério do Meio Ambiente, será destinado a apoiar municípios brasileiros no combate ao desmatamento e incêndios florestais.
No Acre Feijó, Sena Madureira, Rio Branco e Tarauacá, irão receber recursos do Fundo, com um foco particular em Feijó, que lidera os índices de desmatamento no estado.
Na sexta-feira, 15, o jornal Folha de São Paulo, publicou uma matéria apresentando dados da DW em colaboração com o BNDES, além de alguns projetos que foram beneficiados no Acre.
Três projetos no Estado foram mencionados pelo jornal:
– O projeto extrativista de produção de polpas de frutas em uma comunidade do povo Ashaninka, na Terra Indígena Kampa do Rio Amônia, recebeu R$ 6,6 milhões entre 2015 e 2018, permitindo o desenvolvimento da produção de frutas típicas.
– Um projeto que recebeu R$ 6,4 milhões entre 2015 e 2017, e que abrange uma área na tríplice divisa entre o Acre, Amazonas e Rondônia, conhecida pelos intensos conflitos agrários, a AMACRO. O Fundo Amazônia financiou a estruturação de unidades de processamento de frutas, secagem e extração de óleo, promovendo atividades sustentáveis na produção de cupuaçu, pupunha e açaí.
– O Fundo Amazônia também disponibilizou aproximadamente R$ 53 milhões até 2019 para apoiar diretamente o governo do Acre na melhoria de sua capacidade de reduzir o desmatamento. Esse montante foi utilizado na aquisição de sistemas de monitoramento e controle, além de treinamento de funcionários para análise de imagens de radar, entre outros fins. O Instituto de Meio Ambiente do Acre também se beneficiou com recursos do FA, empregando-os na reforma de sua sede, aquisição de mobiliário, computadores e veículos.
É importante ressaltar que Fundo Amazônia foi suspenso durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. No entanto, após a posse do presidente Lula, a Alemanha, uma das maiores doadoras do Fundo, anunciou que desbloquearia o valor de R$ 1 bilhão para o programa.