Os alertas de desmatamento no Acre tiveram redução expressiva de mais de 70% nos primeiros oito meses de 2023 em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter), o estado perdeu 82,64 km² de florestas neste ano, contra 281,31 km² em 2022.
O Acre ocupa o sexto lugar no ranking de desmatamento estados da Amazônia Legal no acumulado de janeiro a agosto, na frente apenas do Maranhão, Amapá e Tocantins. Lideram a lista Mato Grosso (1.150 km²) e Pará (1.132 km²).
Ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Deter lista ainda os municípios acreanos que mais desmataram em 2023, com destaque para Feijó, que encabeça o ranking, com 14,34 km² de área devastada, seguido por Rio Branco (12,23 km²) e Tarauacá (10,11 km²).
A queda do desmatamento no Acre é reflexo da diminuição nos índices em toda a Amazônia. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a redução foi de 42% entre janeiro e julho em relação ao mesmo período do ano passado.
“É uma vitória”, comemorou a ministra Marina Silva (Rede), durante evento no Palácio do Planalto, em Brasília, para anunciar novas medidas de proteção do maior bioma brasileiro. “Se não conseguirmos proteger a floresta e seus povos, condenaremos o mundo a um brutal aumento de CO2 [gás carbônico] na atmosfera e aumento das temperaturas”, disse a acreana.
Entre as medidas anunciadas para frear ainda mais as taxas de desflorestamento está a destinação, a partir de 2025, de R$ 600 milhões do Fundo Amazônia para municípios tidos como prioritários para o combate ás derrubadas.
“É importante que a gente traga os prefeitos em cidades do território amazônico, para que a gente não os tenha como inimigos, para que a gente os tenha como parceiros no combate ao desmatamento”, disse o presidente Lula, que esteve no evento.