Gilmara Furuno e Leandro Roberto de Oliveira, pais do pequeno Arthur Gael, de 2 meses de idade, visitaram o filho na quarta-feira, 13, no Educandário Santa Margarida, em Rio Branco, após quase um mês sem ver o recém-nascido. Eles ficaram cerca de uma hora com a criança.
“Nosso recomeço. Gratidão a Deus por nos conceder essa vitória, que tão logo o nosso bebê retorne para o seio familiar, que o espera com tanto amor, afeto, carinho e cuidados”, disse a psicóloga em suas redes socais, postando fotos do reencontro.
Em outro trecho da publicação, com citações bíblicas, a mãe de Gael agradece o advogado da família, Andresson Bonfim.
“O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Estamos lutando por você meu filho e se precisar lutaremos por toda a nossa vida, tudo por você e para você. Agradeço também ao trabalho do nosso Advogado durante todo esse processo”.
O bebê ficará mais 30 dias no abrigo por determinação da Vara da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC). Também foi solicitado pelo MPAC, que os pais tenham contato com a criança por meio de visitas guiadas por funcionários do abrigo e que eles tenham acompanhamento psicológico.
A audiência que precedeu a decisão aconteceu no dia 4 deste mês, e envolveu depoimentos dos pais, familiares e da equipe médica que atendeu o bebê. O processo foi analisado pela juíza, com uma decisão inicialmente prevista para ser divulgada em 48 horas.
“O objetivo é garantir o bem-estar e a retomada do peso do bebê, que está sendo acompanhado por cuidadores e profissionais da saúde. Por se tratar de um caso complexo, sensível e que apresenta fatos sigilosos, não é possível fornecer maiores detalhes sobre o processo. É importante destacar que tanto o MPAC, quanto o Poder Judiciário e órgãos da saúde, estão empenhados para oferecer a melhor situação para a criança”, alega a Justiça.
O caso de Arthur Gael envolve denúncias de abandono e maus-tratos, inicialmente feitas pelo Hospital Santa Juliana, em Rio Branco. O bebê estava internado na unidade de saúde com baixo peso e foi encaminhado ao educandário por ordem judicial. O TJ-AC baseou sua decisão nos laudos médicos e informações do Conselho Tutelar, que apontavam risco devido a um suposto abandono, com o bebê em estado de desnutrição e desidratação extrema.