Em julho de 2022, um marco importante foi alcançado na luta contra a violência sexual, física e psicológica contra crianças e adolescentes do Acre. A Delegacia de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítima (Decav) emergiu como uma força dedicada à proteção dos mais jovens em nossa sociedade.
Antes da criação da Decav, os esforços para lidar com crimes envolvendo menores eram conduzidos por um núcleo de proteção à criança. Agora a Decav é uma delegacia especializada, situada na Via Chico Mendes, funcionando 24 horas por dia, durante os sete dias da semana, que se dedica exclusivamente aos casos que afetam essa faixa etária vulnerável.
A liderança da Decav está nas mãos da delegada Carla Fabíola Coutinho, uma profissional dedicada à proteção dos direitos das crianças e adolescentes. A equipe é composta por quatro escrivães de polícia, cinco agentes, além de duas psicólogas e uma assistente social, todos empenhados na missão crucial de proteger e apoiar as vítimas.
Atualmente, a Decav lida com uma média de 60 ocorrências por mês, além de prisões preventivas e condenações relacionadas a crimes como estupro, violência física e maus tratos. Eles também investigam as denúncias de outras delegacias e oriundas do disque 100, desempenhando um papel fundamental na proteção dos direitos das crianças e adolescentes.
A Decav assume a responsabilidade por todas as investigações relacionadas aos crimes tipificados no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), bem como crimes no Código Penal, como abuso sexual, maus tratos e lesões corporais em contextos de violência doméstica e familiar.
“Em um mundo onde a segurança e o bem-estar das crianças são prioridades absolutas, a Decav representa uma resposta fundamental na busca por justiça e proteção. Ao proporcionar um ambiente acolhedor, a delegacia está fazendo a diferença na vida das vítimas e contribuindo para um futuro mais seguro para todos as nossas crianças”, enfatiza a delegada Carla Fabíola Coutinho.
A delegada diz ainda que é alarmante saber que 80% dos casos de violência praticada contra crianças ocorrem dentro do seio familiar, especialmente os de cunho sexual. “Esses agressores podem ser pais, avós, irmãos, primos ou até mesmo vizinhos de confiança da família. É essencial que pais e responsáveis estejam atentos a sinais de abuso e ajam imediatamente”, disse a delegada.
Pedido de socorro
Os sinais de que uma criança está sofrendo algum tipo de violência podem incluir agressividade inexplicável, impaciência, recusa em ficar sozinha, ansiedade evidente na presença do suposto abusador e, em muitos casos, a criança pode apresentar hematomas. Esses comportamentos são um pedido de socorro, e é comum que os tutores não percebam o que está acontecendo.
Denuncie, proteja, faça a diferença!
Se você presenciar qualquer ato de violência contra uma criança, não hesite em denunciar. As denúncias podem ser feitas anonimamente através do disque 100 ou presencialmente na Decav. A proteção das crianças é responsabilidade de todos, e denunciar é o primeiro passo para garantir que elas recebam o apoio e a justiça que merecem.