Um avião da Gol precisou fazer um pouso de emergência na manhã deste sábado, 2, no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro (RJ).
Segundo a companhia aérea, o voo G3 1003, que tinha destino a Congonhas, em São Paulo (SP), precisou retornar ao aeroporto de origem logo após a decolagem, devido à presença de fumaça branca a bordo.
Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra a fumaça dentro do avião e os passageiros cobrindo o nariz e a boca com as roupas.
A Gol informou que a aeronave pousou sem intercorrências e que os 102 passageiros a bordo e a tripulação foram desembarcados em segurança pelas escadas. A companhia disse que acompanhou quatro passageiros ao posto médico e todos já foram liberados.
Segundo a empresa, os clientes foram rapidamente reacomodados em outros voos e seguem aos seus destinos.
Ainda de acordo com a companhia, a fumaça foi proveniente de vapores de fluido hidráulico que adentraram a cabine pelo sistema de ventilação.
Passageiros reclamaram que as máscaras de oxigênio não foram acionadas. Mas o procedimento em caso de fumaça ou fogo a bordo, previsto no checklist dos Boeing 737 —como o que retornou ao Santos Dumont—, não prevê a liberação da máscara de oxigênio aos passageiros.
Dentro de um avião, os métodos de combate a incêndio são por resfriamento ou abafamento. As máscaras de oxigênio, caso acionadas, poderiam trazer dois problemas:
- aumentariam a quantidade de oxigênio a bordo, o que “alimentaria” as chamas –em caso de fogo a bordo;
- as máscaras contém geradores de oxigênio próprios, mas também usam o oxigênio da cabine para funcionar; na prática, os passageiros inalariam oxigênio com fumaça.
Dentro da cabine, os pilotos são orientados a usar máscara. Mas, diferentemente do sistema dos passageiros, elas não funcionam com gerador —operam conectados a garrafas de oxigênio.
O aeroporto precisou interromper as operações para o pouso de emergência das 6h35 às 6h50.
“As equipes de manutenção e segurança seguem na apuração das causas do ocorrido. A GOL reforça que todos os procedimentos foram realizados com foco total na segurança”, disse a companhia.
G1