O estudante de História Bacharelado da Universidade Federal do Acre (Ufac), Alício Lopes de Souza, acusado por alunas e professores de assédio sexual e ameaças, já foi policial militar no Acre. No entanto, ele está afastado da corporação desde 1996.
Segundo a Polícia Militar, ele foi desligado dos quadros da instituição por conduta incompatível com a esperada de um policial. Porém, a PM não soube detalhar quais condutas teriam levado o homem à expulsão, devido o caso ter acontecido há quase duas décadas.
“Esse levantamento pode demorar, porque não tem nada digitalizado desta época”, informou a assessoria de imprensa da instituição.
A expulsão de Alício da PM não agradou o ex-policial. Tramita no Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) um processo movido por ele pedindo o retorno aos quadros da corporação. No entanto, o processo tem grandes chances de ter decisão desfavorável a Alício, em função das denúncias de assédio que vem recebendo.
Pesa contra ele, ainda, acusações de homofobia, intolerância religiosa, agressões verbais e uso de entorpecentes nas dependências da Ufac.
Ele chegou a ser suspenso das aulas temporariamente. No entanto, após o fim do prazo de suspensão, voltou a frequentar aulas, ocasião em que vários alunos iniciaram um movimento pedindo seu jubilamento.
Cartazes com a foto do acusado chegaram a ser espalhados pela universidade, que já reuniu o Conselho Universitário e deliberou por mais um desligamento do estudante, até que seja finalizado um processo disciplinar contra ele.
Além do Centro Acadêmico de História Bacharelado, professores ligados à Associação de Docentes da Ufac (Adufac) também encamparam o movimento, oficializando denúncia contra Alício. As vítimas da suposta importunação sexual estão sendo ouvidas na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).