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Mais de 60% da população da Capital tem dívidas a vencer até março de 2024, revela pesquisa da Fecomércio-AC

(Foto: Dell Pinheiro)

Um novo estudo realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio-AC) revelou que Rio Branco enfrenta um cenário preocupante em relação às dívidas financeiras.

Segundo o levantamento conduzido pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas Empresariais do Acre (Ifepac), em parceria com o Instituto DataControl, mais de 60% da população local está endividada, com compromissos a vencer nos próximos seis meses.

A pesquisa, feita com 400 pessoas nos dias 28 e 29 de agosto, destaca que 61,5% dos entrevistados estão enfrentando dívidas financeiras. Entre os entrevistados, 55% são do gênero feminino e 45% do masculino.

Outro dado alarmante é que 40,3% da população pesquisada tem sua renda comprometida com dívidas domésticas em cerca de 30%. Para 19,4% dos entrevistados, o comprometimento chega a aproximadamente 50% de seus salários, enquanto 14,5% relatam que 70% de sua renda está comprometida.

Além disso, 25,8% afirmam que seus rendimentos são totalmente consumidos por dívidas, igualando ou superando 80% de comprometimento.

Quando questionados sobre o que esperam para o pagamento das dívidas nos próximos meses, 65,5% dos entrevistados admitiram enfrentar dificuldades significativas. Por outro lado, 34% não demonstraram preocupação com esse cenário. Apenas 0,5% dos entrevistados não se manifestaram sobre essa questão.

O estudo também revelou uma mudança no comportamento financeiro dos habitantes de Rio Branco, indicando que 38,5% dos entrevistados passaram a planejar mais seus gastos domésticos desde maio de 2021, um aumento significativo em comparação com os 28,4% registrados na mesma época de 2021.

Quanto às estratégias para regularizar dívidas vencidas, os resultados foram os seguintes:

– 27% dos entrevistados buscam trabalhos extras para aumentar a renda;

– 26% reduzem suas compras de itens de consumo doméstico;

– 17,5% recorrem a bancos em busca de empréstimos;

– 16% priorizam o pagamento das contas julgadas essenciais;

– 9% mantêm as pendências até que surjam condições para normalizar a receita;

– 4,5% adotam diversas abordagens para resolver seus problemas financeiros.

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