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Mais de 60% dos riobranquenses possuem dívidas prestes a vencer, aponta pesquisa

Ao menos 61,5% rio-branquenses têm dívidas financeiras a vencer nos próximos seis meses, segundo pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio-AC), por meio do Instituto Fecomércio de Pesquisas Empresariais do Acre (Ifepac), em parceria com Instituto DataControl.

Para o estudo, foram entrevistadas 400 pessoas, de 28 a 29 de agosto e, ainda segundo o relatório, a renda de 40,3% da população entrevistada é comprometida com dívidas domésticas em aproximadamente 30%.

O estudo aponta ainda que, outra parcela, de 19,4%, estima o comprometimento de mais ou menos 50%, seguida de 14,5%, que admite ser de mais ou menos 70%. A pesquisa destaca 25,8%, que dizem que o comprometimento da renda mensal é igual ou superior a 80%.

Quanto ao grau de dificuldade da população com o pagamento das dívidas para os próximos meses, 65,5% dos entrevistados admitem dificuldades para a condução normal de dívidas; outra parcela de 34%, no entanto, não demonstra tal preocupação. Por fim, 0,5% dos entrevistados não se manifestaram quanto à pergunta.

Além disso, para 55,6% dos que se dizem endividados, no mês anterior à pesquisa, os pagamentos de parcelas de dívidas foram em valores iguais aos do mês atual, enquanto que, para 23,4%, essa exigência foi maior. Outros 21% afirmam que os gastos foram menores. E ainda conforme a pesquisa, os endividados admitem administrar pendências regulares e, nesta situação, 76,5% procuram, geralmente, resolver a questão em até 30 dias; 12% reforçam que precisam de 31 a 45 dias; e 4%, precisam de tempo superior a 60 dias.

Ponto importante a ressaltar é que, de maio de 2021 até agosto deste ano, o número de endividados diminuiu, ao mesmo tempo em que famílias sem dívidas, aumentaram de 28,4$ em maio de 2021 para 38,5% em agosto de 2023, indicando que o consumidor tem planejado seus gastos domésticos.

A mesma linha de tendência observada no Acre também foi observada em todo o País, indicando a diminuição do número de endividados de agosto do ano passado até agosto deste ano, o que indica um menor comprometimento da renda com dívidas.

Considerando somente o Acre, para a regularização de dívidas vencidas, 27% procuram serviços extras; 26% reduzem compras de alguns itens de consumo doméstico e; 17,5% recorrem a bancos em buscas de empréstimos. Uma parcela de 16% afirma pagar apenas as contas julgadas essenciais; e outra de 9% mantém a pendência até surgir condição para normalizar a receita e, por fim, 4,5% resolvem de maneiras diversas.

População com gastos planejados

O estudo aponta que 61,5% da população economicamente da capital acreana entrevistada planeja sobre o uso das finanças, enquanto 33% afirmam não ter preocupações; 5,5% informam que, às vezes, planejam sobre os gastos domésticos.

Quanto ao comprometimento da renda doméstica com dívidas, o cartão da loja compromete mais ou menos 30% da renda mensal de 22,2% dos abordados, seguidos da conta de energia elétrica (20,2%) e cartão de crédito (19,2%); aluguel (11,1%). No mais, 8,6% da população têm maior preocupação com obrigações junto a bancos; 8,5%, com financiamentos de carros; 3,5%, com financiamento de casa e; 2,55%, com obrigações junto a financeiras. Por fim, 6,3% não discriminam e; 4%, não esboçam tal preocupação.

Perfil das pessoas entrevistadas

Do gênero e renda:

Das pessoas entrevistadas, 55% são do gênero feminino e; 45% do masculino. Quanto à renda mensal, 43,0% ganha um salário mínimo e 31,5%, menos de um salário. Outros 17,5% têm renda de até dois salários e 6,5%, de até três. A pesquisa destaca ainda 1,5% da população, que admite ganhos de ½ salário/mês.

Faixa etária:

Quanto a este aspecto, 63,5% são da faixa etária entre 16 a 44 anos; 46%, entre 25 a 44 anos e; 17,5%, de 16 a 24 anos. Outros 23,5% têm idades entre 45 a 59 anos e 13%, com 60 anos ou mais.

Escolaridade:

Quanto à escolaridade, 56,5% informam níveis de escolaridade concluídas, no ensino fundamental (9%), no ensino médio (39%), ensino superior (7,5%) e 1%, pós-graduação. Por outro lado, 43,5%, são de escolaridade incompleta, no ensino fundamental (29%), no ensino médio (12%) e no ensino superior (2,5%).

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