No Acre, nos últimos 11 anos, 688 pessoas tiveram de amputar pés e pernas em decorrência do diabetes, informa um levantamento da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV).
Apenas Amapá (376) e Roraima (398) tiveram dados menores que os do Acre, segundo o órgão, que levou em conta o número de procedimentos realizados na rede pública de saúde.
Em todo o Brasil, a quantidade de cirurgias de amputação de membros inferiores no SUS, por conta da doença, chega a mais de 282 mil no período. A estimativa é que, em todo o mundo, uma em cada cinco pessoas não sabe que tem diabetes.
A SBACV esclarece, no entanto, que a doença não é a única causa de amputações de membros inferiores. Tabagismo, hipertensão arterial, dislipidemia, idade avançada, insuficiência renal crônica, estados de hipercoagubilidade e histórico familiar também são importantes fatores de riscos.
“Pacientes com diabetes e úlceras nos pés apresentam taxa de mortalidade duas vezes maior em comparação com pacientes diabéticos sem úlceras nos pés. Os submetidos à amputação maior de um membro inferior apresentam baixas taxas de sobrevida”, diz a entidade.
Cerca de 10% dos pacientes que amputam um membro inferior morrem no período que inclui a fase pós-operatória. Outros 30% falecem no primeiro ano após o procedimento, 50% no terceiro ano e 70%, no quinto ano.