Apesar de Rio Branco ter registrado chuva, na noite desta quinta-feira, 31, em alguns pontos da cidade, o nível do Rio Acre reduziu 3 centímetros nas últimas 24 horas. De acordo com a Defesa Civil Municipal, na manhã desta sexta-feira, 1, o rio registrou a cota de 1,47 metro.
A situação preocupa, pois a falta de água, especialmente na zona rural da capital acreana, já é uma realidade. Em decorrência disso, a Defesa Civil de Rio Branco planeja decretar situação de emergência na próxima semana.
“A decretação não leva em consideração apenas a situação do nível do rio, mas também o fato de pessoas começarem a consumir água imprópria, gerando problemas de saúde, além da perda de produção, da bacia leiteira, da psicultura e na produção em geral. Tudo isso são elementes que levam à decretação, além da falta de água no geral”, destacou o comandante da Defesa Civil Municipal de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão.
Um trabalho realizado pela Defesa Civil está reunindo relatório de diversas áreas que demonstram a necessidade do decreto, que provavelmente será efetivado na próxima semana, a depender do comportamento da seca.
“Estamos produzindo os relatórios técnicos para reconhecimento federal e assim que tiver pronto, é uma questão de levantamento, já temos levantamento da zona rural, feito pela Defesa Civil. Estou esperando um relatório da saúde, da Secretaria de Meio Ambiente e também do Saerb. Então, acredito que já na próxima semana a gente faça essa decretação”, salientou Falcão.
Cota histórica e previsão
Nesta sexta-feira, 1, o nível do Rio Acre encontra-se a 22 centímetros da menor cota já registrada no manancial, 1,25 metro -marca histórica registrada em outubro de 2022. A situação demonstra uma possibilidade de seca ainda mais severa do que a enfrentada pelos riobranquenses no ano passado.
A previsão de chuva para setembro é de 90 mílimetros de água, mas, tendo em vista que em agosto choveu apenas 34 mílimetros de águas, menos que o esperado para todo o mês, que era de 45,5 milímetros de água, o comportamento de setembro não deve ser diferente.
“Com isso a gente terá uma piora da seca. No Rio Acre já podemos avistar bancos de área”, observa Cláudio Falcão.