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Tribunal de Justiça propõe implementação do juiz de garantias de forma remota no interior do Acre

Tribunal de Justiça propõe implementação do juiz de garantias de forma remota no interior do Acre

O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) propôs ao Supremo Tribunal Federal (STF) a implementação do juiz de garantias de forma remota para os municípios do interior do estado. O órgão aguarda a autorização da Corte máxima para regulamentar de modo online as audiências do novo juizado.

Caso o formato não seja autorizado, o TJAC informou que vai estudar outros meios para cumprir a obrigação. “O Judiciário do Acre está empreendendo todos os esforços para cumprir o regramento, dentro do prazo estabelecido pelo STF”, informou o órgão, por meio de sua assessoria.

Em ofício encaminhado ao Supremo, o TJAC teria apontado que, no momento, não possui condições de implantar o juiz de garantias de forma presencial por falta de servidores e recursos para realizar concurso público.

O STF decidiu, em agosto, que todos os 27 tribunais de Justiça do país deverão implementar o juiz de garantias em até 12 meses. A medida cria a figura de um magistrado responsável por salvaguardar a legalidade de investigações criminais na fase de inquérito. Atualmente, esse trabalho é feito pelo mesmo juiz que realiza a instrução e o julgamento.

De acordo com a lei, o juiz de garantias vai atuar a partir da instauração de qualquer investigação criminal, decidir sobre o requerimento de prisão provisória, prorrogar prazo de duração do inquérito, determinar o arquivamento deste quando não houver fundamento para sua instauração ou prosseguimento, entre outras funções iniciais de um processo.

Quando os investigados se tornarem réus, o caso finalmente passará para as mãos do juiz de instrução e julgamento. A ideia é evitar parcialidade na decisão judicial, uma vez que, hoje, o mesmo juiz que atua na fase dos inquéritos é quem julga.

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