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Câmara do Bujari vota nesta terça pedido de cassação de vereador que ameaçou agredir colega

Câmara do Bujari vota nesta terça pedido de cassação de vereador que ameaçou agredir colega

O pedido de cassação do vereador Gilvan Souza, do PCdoB, será analisado pela Câmara de Vereadores do Bujari, interior do Acre, nesta terça-feira, 19. O parlamentar foi indiciado por violência política de contra a mulher por ter ameaçado, durante uma sessão do legislativo mirim, em janeiro deste ano, a vereadora Eliane Abreu (PP).

Em julho, quase seis meses após episódio, a Comissão de Ética da Câmara do Bujari se posicionou favorável ao pedido de cassação do parlamentar do PCdoB. À época, o Partido Comunista do Brasil também se manifestou favorável à cassação.

O inquérito da Polícia Civil concluiu que Gilvan Souza (PCdoB), eleito em 2020, teria comitido violência política de gênero, a investigação foi encaminhada ao Poder Judiciário. Se comprovado judicialmente que ele cometeu o crime de violência política contra mulher, além de perder o mandato, Gilvan irá responder criminalmente pelo caso.

“Nós ouvimos dez testemunhas, nós juntamos ao procedimento o áudio de parte da sessão, no qual nós colhemos indícios veementes no sentido de autoria e materialidade do crime de violência política contra a mulher”, afirmou o delegadoresponsável pelo caso, Bruno Coelho, à época da conclusão do inquérito policial.

A votação será transmitida ao vivo pelas redes sociais da Câmara de Vereadores, a partir das 17 horas, desta terça-feira. Do nove vereadores do Bujari, apenas 7 têm direito ao voto aberto, uma vez que os envolvidos não votam. Com quatro votos favóraveis a proposta, José Gilvan terá seu mandato como vereador cassado, sendo o primeiro parlamentar do Acre a ser punido pela Lei n. 14.192, que tipifica a Violência Política de Gênero.

“A cassação desse vereador é um marco para todas as mulheres, para que as mulheres possam se sentir mais seguras no seu ambiente de trabalho. Para que a gente possa chamar mais mulheres para a política e dizer que ambiente no parlamento pode e deve ser um ambiente seguro para todas as mulheres. As mulheres podem estar onde quiserem, inclusive, na política”, disse Eliane Abreu, ao site A GAZETA.

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