Com a plenária lotada de manifestantes, os vereadores do Bujari, cidade do interior do Acre, realizaram, na noite desta terça-feira, 19, a votação que analisou o pedido de cassação do mandato do vereador Gilvan Souza (PCdoB), indiciado por violência política contra a parlamentar Eliane Abreu (PP).
Gilvan teve o mandato cassado por 4 votos a 3.
Votaram pela cassação: Jairo Moraes (MDB), Elias Daia (PSDB), Maria Aparecida (PP) e James Mourão (PP).
Horas antes da votação, a defesa de Gilvan entrou com um pedido de nulidade da sessão, mas não teve seu pedido aceito pela presidência do Legislativo Mirim. Além das mulheres do Partido Progressistas, que compareceram em peso ao plenário, Eliane também recebe o apoio do Movimento de Mulheres Camponesas, Conselho Estadual da Mulher (Cedim) e das mulheres do PCdoB.
Entenda o caso
O parlamentar foi indiciado por violência política de contra a mulher por ter ameaçado, durante uma sessão do legislativo mirim, em janeiro deste ano, a vereadora Eliane Abreu (PP).
Em julho, quase seis meses após episódio, a Comissão de Ética da Câmara do Bujari se posicionou favorável ao pedido de cassação do parlamentar do PCdoB. À época, o Partido Comunista do Brasil também se manifestou favorável à cassação.
O inquérito da Polícia Civil concluiu que Gilvan Souza (PCdoB), eleito em 2020, teria cometido violência política de gênero, a investigação foi encaminhada ao Poder Judiciário. Se comprovado judicialmente que ele cometeu o crime de violência política contra mulher, além de perder o mandato, Gilvan irá responder criminalmente pelo caso.