O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (Progressistas), se pronunciou, na tarde deste sábado, 23, após ter a pré-candidatura negada pelo próprio partido, que optou pelo nome do secretário de Governo (Segov), Alysson Bestene, para a disputa eleitoral do ano que vem.
O gestor insinuou que nada está perdido, uma vez que a oficialização de candidaturas pelos partidos políticos, junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), só acontecerá no ano que vem.
“Coisa mais natural do mundo, dentro de um partido, que alguém torça para um candidato enquanto outro quer que seja o outro candidato. Não tem nenhum problema. Sabe por quê? Porque a época de decidir isso não é agora, e sim nas convenções, que é quando [a escolha] acontece de forma legal”.
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Bocalom afirmou estar tranquilo com o resultado das internas do PP, mesmo tendo sido rejeitado por unanimidade entre os delegados partidários que se fizeram presentes na votação. “Vamos continuar trabalhando, porque trabalho é que dá voto”.
O prefeito lembrou ainda que Alysson Bestene é seu amigo pessoal. “Foi meu candidato a vice em 2012. Eu não tenho nenhum problema [com ele]”.
No entanto, a pretensa expectativa de Bocalom de virar o jogo a seu favor, no Progressistas, pode ser frustrada caso a legenda decida levar adiante os pedidos de expulsão abertos contra ele por infidelidade partidária, por conta de seu apoio, em 2022, ao então candidato a governador Sérgio Petecão (PSD), em detrimento do colega de partido, Gladson Cameli.
No encontro do Progressistas, realizado neste sábado, 23, a presidente municipal da legenda, deputada federal Socorro Neri, anunciou quatro requerimentos pedindo o afastamento de Bocalom da sigla. Ele não comentou sobre os pedidos de expulsão.
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O conselho de ética da agremiação vai avaliar os processos.