O vereador João Marcos Luz (sem partido) saiu em defesa do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (Progressistas), que teve sua intenção de disputar a reeleição enterrada pelo próprio partido em votação interna realizada na manhã deste sábado, no diretório municipal da sigla.
Em artigo intitulado “Solidariedade ao prefeito Tião Bocalom”, o parlamentar fala em conspiração contra o prefeito e atribui grande parte da responsabilidade à presidente municipal do Progressistas, deputada federal Socorro Neri, que perdeu as eleições municipais de 2020 para Bocalom antes de migrar para o mesmo partido do ex-adversário.
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“Agora, vejo alguns membros do PP, incentivados pelo espírito revanchista da derrotada ex-prefeita Socorro Neri, conspirarem contra uma gestão eleita democraticamente pelo voto popular”, diz o artigo, que faz mais uma série de menções à ex-prefeita de Rio Branco.
Ele chega a dizer que a derrota sofrida por Neri nas urnas em 2020 “parece atormentar os sonhos e pensamentos da atual deputada federal”.
Na reunião do Progressistas, neste sábado, Neri, que conduziu os trabalhos por ser a presidente municipal da legenda, anunciou a existência de quatro pedidos de expulsão de Bocalom. A reportagem apurou que se tratam de queixas por infidelidade partidária em virtude do apoio manifestado pelo prefeito, no ano passado, ao então candidato ao governo Sérgio Petecão (PSD), em detrimento de Gladson Cameli, seu colega de agremiação.
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João Marcus Luz questiona a tese dos processos, novamente citando Socorro Neri. “Interessante lembrar que esse tema da infidelidade partidária não fez parte do seu cardápio eleitoral em 2020, quando o governador Gladson Cameli declarou preferência pela candidatura da derrotada prefeita, em detrimento da candidatura do Tião Bocalom, do próprio partido”.
A reportagem entrou em contato com a assessoria da deputada federal, que preferiu não se manifestar.
Leia o artigo na íntegra:
“Solidariedade ao prefeito Tião Bocalom
Por João Marcos Luz
Venho externar minha solidariedade ao Prefeito Tião Bocalom, homem de 70 anos, honesto e cheio de energia para trabalhar. Eu que vi, há pouco tempo, o partido ao qual fui filiado, o MDB, juntar-se com partidos reacionários como o PT e PC do B, e tive que sair para não compactuar com esse teatro malconduzido.
Agora, vejo alguns membros do PP, incentivados pelo espírito revanchista da derrotada ex-prefeita Socorro Neri, conspirarem contra uma gestão eleita democraticamente pelo voto popular, que mesmo com muitos problemas e desafios antigos, vem conseguindo vencer todas as dificuldades.
A derrota imposta pelo prefeito Tião Bocalom parece atormentar os sonhos e pensamentos da atual deputada federal Socorro Neri, que deveria, nessa função parlamentar, ajudar a melhorar a vida dos cidadãos de Rio Branco, ao invés de destilar toda mágoa que só atrapalha e nada acrescenta de bom.
Nas condições em que se encontram os municípios brasileiros, com raras exceções, a hora é de unir forças. Não é hora para sentimentos pequenos e medíocres, como o rancor a inveja ou o revanchismo. O próprio governo estadual tem suas dificuldades e patina na falta de gestão ao não conseguir resolver questões como a das famílias sem moradia, ou o pagamento dos servidores terceirizados da saúde e de outras secretarias.
Fala-se em expulsão do Prefeito Tião Bocalom do PP, por infidelidade partidária, assunto muito íntimo e conhecido da ex-prefeita Socorro Neri, cujo primeiro ato ao sair da insignificante e escura sala de vice-prefeita, e assumir a prefeitura de Rio Branco, foi banir os filiados ao PT e demais partidos, da gestão municipal numa mistura indigesta de infidelidade e ingratidão.
Interessante lembrar que esse tema da infidelidade partidária não fez parte do seu cardápio eleitoral em 2020, quando o governador Gladson Cameli declarou preferência pela candidatura da derrotada prefeita, em detrimento da candidatura do Tião Bocalom, do próprio partido, o PP, e que foi escolhido pela maioria da população em votação de dois turnos, impondo duas derrotas em uma só eleição.
A eleição será somente no ano que vem, e alguns insistem em antecipar a politicagem, como se a gestão não tivesse problemas mais urgentes e importantes para resolver.
O julgamento do Prefeito Tião Bocalom deverá ser feito no ano que vem, pelo povo, nas urnas, e não por meia dúzia de enrustidos perdedores, que preferem o caminho do autoritarismo e da arrogância, que com certeza os levará a mais uma derrota.
O trabalho será o foco do prefeito, enquanto os cães ladram, a caravana do trabalho passa.
Força e solidariedade ao honrado Prefeito Tião Bocalom!”