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Polícia encontra em carro corpos de suspeitos de assassinar médicos no Rio

A Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou na noite desta quinta-feira (5) quatro corpos dos suspeitos de assassinar três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade.

O que aconteceu

Os corpos foram encontrados em dois carros na zona oeste do Rio. Dois dos corpos já foram identificados — um é de Philip Motta Pereira, o Lesk, e o outro de Ryan Nunes de Almeida.

Segundo a polícia, três corpos estavam dentro de um carro na rua Abrahão Jabour, nas proximidades do Riocentro. O quarto foi encontrado no segundo veículo, na avenida Tenente-Coronel Muniz de Aragão, na Gardênia Azul.

Lesk estava no veículo localizado na Gardênia. Ele estava foragido da Justiça, e teve a prisão decretada por associação para o tráfico em setembro de 2019.

Exames periciais serão feitos para confirmar as identidades dos outros dois corpos. A polícia apura se o Comando Vermelho tem envolvimento na morte dos suspeitos de assassinar os médicos.

Relembre o crime

Três médicos ortopedistas foram mortos a tiros, ontem, em um quioesque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Um quarto foi baleado e está internado. Um dos assassinados era irmão de Sâmia Bomfim, deputada federal pelo PSOL-SP e cunhado do também deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). Partido não descarta nenhuma hipótese.

Imagens de câmera de segurança mostram o momento em que homens descem de um carro branco e correm em direção aos médicos. Eles são mortos a tiros. Nenhum pertence das vítimas foi levado. O local do ataque estava aberto cerca de 12 horas após o crime.

Os médicos mortos são Marcos de Andrade Corsato, 62, Perseu Ribeiro Almeida, 33, e Diego Ralf de Souza Bomfim, 35 —este último irmão da deputada Sâmia Bomfim— todos morreram na hora.

Almeida teria pedido para trocar de plantão no hospital onde trabalha justamente para ir ao congresso de ortopedistas no Rio.

A quarta vítima, Daniel Sonnewend Proença, único sobrevivente do ataque, está estável, lúcido e respira sem a ajuda de aparelhos, segundo o boletim médico obtido pelo UOL.

Polícia suspeita de mortes por engano

A Polícia Civil do Rio de Janeiro suspeita que os médicos assassinados na Barra da Tijuca, foram mortos por engano. Um informante do grupo rival ao de um miliciano de Rio das Pedras, na zona oeste do Rio, teria confundido o criminoso com o ortopedista Perseu Almeida, uma das vítimas.

Almeida, 33, teria sido confundido com Taillon Barbosa, acusado de integrar uma milícia da zona oeste do Rio. Em dezembro de 2020, o Ministério Público denunciou o homem de 26 anos por liderar um grupo que atuava na região de Rio das Pedras, Muzema e áreas próximas.

Os assassinos teriam ido ao “quiosque errado” para executar as vítimas. Segundo apurou o UOL, os bandidos tinham a informação de que Taillon frequentava o “Quiosque do Naná”, reduto da milícia da qual ele faz parte.

O informante diz aos bandidos, em áudio obtido pelo UOL, que os alvos da milícia estariam no “Quiosque do Naná 2”, que fica a menos de 100 metros do “Quiosque do Naná”. Mas quem estava lá eram os médicos, sendo que Almeida era fisicamente parecido com Taillon.

Investigadores dizem acreditar que o grupo atirou contra todos os médicos por acreditar que eles faziam a segurança armada do miliciano.

Reportagem da UOL

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