Um eclipse nunca vem sozinho, por isso, após o eclipse solar do dia 14 de outubro, será a vez da Lua ser ocultada pela sombra da Terra. O evento ocorrerá no sábado, 28, e não será totalmente visível no Brasil, mas algumas regiões poderão ver o finalzinho dele. Além disso, haverá transmissões ao vivo na internet para os que não puderem acompanhar.
As regiões mais privilegiadas para observação do próximo eclipse lunar são aquelas no Hemisfério Oriental, como África, Europa, Ásia e partes da Austrália. As Américas não terão muitas chances, exceto algumas partes do Nordeste, onde os moradores podem conferir parte do evento logo que a Lua aparecer no horizonte.
O mapa animado abaixo mostra o trajeto da Lua eclipsada através da Terra, com as áreas cobertas por um cinza mais escuro representando os lugares onde o eclipse será completamente visível. Note que o Nordeste terá um eclipse penumbral assim que a Lua surgir acima do horizonte.
Repare que o horário no mapa acima está no sistema UCT; para convertê-lo ao horário de Brasília, basta subtrair três horas. É importante considerar o horário do nascer da Lua no Nordeste e Sudeste para saber por quanto tempo o evento será visível nessas áreas.
Tipos de eclipse lunar
Eclipses ocorrem quando Sol, Terra e Lua estão alinhados de modo que uma sombra de nosso planeta seja projetada sobre a superfície lunar. Existem dois tipos principais, o total e o parcial. Ambos ocorrem quando a Lua se move para a umbra, a parte mais escura da sombra que a Terra projeta ao bloquear a luz solar.
A diferença entre esses dois tipos é a porção do disco lunar a ser coberta por essa sombra. Enquanto no eclipse total vemos nosso satélite natural mergulhando completamente na umbra terrestre, o eclipse lunar parcial tem apenas uma parte dele coberta pela sombra.
Também existe o eclipse lunar penumbral, que ocorre quando a Lua passa por uma sombra menos escura do nosso planeta; este tipo de evento pode ser até imperceptível para algumas pessoas. Mas nem por isso é menos interessante se observado com atenção, ainda mais com instrumentos ópticos para comparar a diferença do brilho lunar em relação à Lua Cheia normal.
Durante qualquer eclipse total ou parcial, ocorre uma fase de eclipse penumbral, já que a Lua precisa passar pela penumbra antes de chegar à umbra. É essa fase do evento que os habitantes do Nordeste, e até mesmo parte do Sudeste, poderão apreciar. Basta acompanhar a Lua assim que ela nascer.