Ativistas judeus protestaram nesta quarta-feira, 18, dentro do Congresso dos Estados Unidos, onde pediram um cessar-fogo na Faixa de Gaza, alvo de intensos bombardeios desde o último dia 7, quando integrantes do grupo Hamas invadiram o território israelense, atacando e matando civis e militares. “Centenas de judeus americanos estão realizando uma manifestação no Congresso – e não sairemos até que o Congresso peça um cessar-fogo em Gaza”, disse o grupo de defesa Jewish Voice for Peace, em postagem nas redes sociais.
Segundo a TV al-Jazeera, são centenas de manifestantes que se reuniram em frente ao Capitóloio, em Washington, pedindo o fim dos combates. As manifestações ocorrem dias depois de grupos judeus também terem realizado um protesto semelhante perto da Casa Branca. “Enquanto milhares de judeus dos EUA protestam do lado de fora, mais de 350 estão lá dentro, incluindo duas dúzias de rabinos, mantendo resistência em oração.” As filmagens mostraram os ativistas gritando: “Paz agora”.
Manifestações tomaram as ruas de vários países nesta quarta-feira, em solidariedade à Faixa de Gaza após a explosão que matou pelo menos 500 pessoas ontem no hospital al-Ahli, o mais antigo do território. Em Beirute, no Líbano, os protestos foram organizados pelo grupo Hezbollah e aconteceram em frente à Embaixada dos Estados Unidos, com forte repressão policial. Bombas de gás foram jogadas nos manifestantes. Após a manifestação, alguns países aconselharam aos seus cidadãos que deixem o país.
A explosão no hospital al-Ahli ainda não tem autoria reconhecida. Israel responsabilizou a Jihad Islâmica pelo ataque, enquanto diversos países árabes — inclusive aliados do estado judeu, como a Jordânia e o Egito — culpam Israel. Nesta quarta-feira, o conflito com o Hamas chega ao 12º dia. Segundo o Ministério da Saúde da Palestina, até o momento, há cerca de 3.000 palestinos mortos na guerra. Além do Líbano, aconteceram manifestações hoje também na Síria, na Tunísia, nas Filipinas, na Cisjordânia, na Turquia, no Reino Unido e no Afeganistão.
Brasil 247