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Cruzeiro do Sul decreta situação de emergência devido à praga do mandarová em plantações de mandioca

Foto: Ascom Prefeitura de Cruzeiro do Sul

A Prefeitura de Cruzeiro do Sul decretou situação de emergência devido aos extensos prejuízos causados pela praga do mandarová. O decreto, assinado pelo prefeito em exercício Henrique Afonso, foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) nesta quarta-feira, 18.

O decreto visa proteger a economia da agricultura familiar e do município, uma vez que a cultura da mandioca e agroindústria da farinha e derivados representam juntos cerca de 42% do PIB de Cruzeiro do Sul. A estimativa é de que 960 famílias de agricultores já tenham sido afetadas.

Anualmente, Cruzeiro do Sul tem enfrentado pragas do mandarová, que antes ocorria a cada 4 anos. “Esse envolvimento com a lagarta vem, nos últimos dias, tomando grandes proporções devido à importância da macaxeira na região do Juruá, principalmente na cidade de Cruzeiro do Sul pela matéria-prima da farinha, sendo ela hoje carro-chefe da economia do município”, destacou o prefeito Henrique Afonso.

O decreto tem o prazo de vigência de 180 dias, a contar da data de publicação.

A lagarta mandarová só precisa de poucos dias para devorar uma plantação inteira. A mandarová é uma das pragas mais perigosas na cultura da mandioca. Ela passa por cinco fases de desenvolvimento e, quando não é detectada no início, pode destruir todo o roçado. O mandarová pode medir entre 2 e 12 centímetros.

“O decreto de emergência pelo município vem ajudar o município a fazer ações emergenciais. E ações emergenciais requerem compra de equipamento, inseticidas, ajuda com kits para esses produtores, que, no processo normal, iria ter que ter uma licitação, aguardar todo aquele processo legal, e com o decreto de emergência ele poderá abrir mão dessa burocracia e fazer a aquisição de maneira imediata”, disse Marcos Pereira, representante da Secretaria de Estado da Agricultura na região do Juruá.

Segundo o prefeito em exercício, a problemática exige a consolidação de um plano de contingência para que todos os anos seja enfrentado de maneira sistemática.

“Vamos também formalizar um comitê para que, aqui também, nós tenhamos, uma vez por semana, uma sala de situação para discutir essa situação, que agrava não só da economia da região do Vale do Juruá, como também, principalmente, dos produtores, que poderão ter 50% de redução da produção da mandioca e alimentos derivados somente a produção da farinha. Pois, o que pode acontecer é uma perda significativa de arrecadação, perda de PIB gerando sofrimento para os produtores que vivem e sobrevivem da produção da farinha e derivados”, frisou Afonso.

 

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