Do Calçadão da Gameleira, no Segundo Distrito de Rio Branco, é possível avistar uma charmosa opção gastronômica e turística, que tem chamando atenção na capital acreana. O principal atrativo: o variado cardápio de comida regional, evidenciando a rica cultura da culinária amazônida, tendo como vista o nosso principal manancial, o Rio Acre.
Alguns ainda não conhecem, mas o restaurante Flutuante Malveira tem atraindo um público vasto. Quem ainda não visitou e provou da culinária do lugar, certamente logo irá descer a escadaria às margens do rio, que serve como guia até o espaço, que, por sinal, é agradabilíssimo.
À GAZETA, o comandante do barco flutuante, que tem o mesmo nome do estabelecimento, Malveira contou um pouco da história do restaurante, que toca com a família, desde janeiro deste ano.
“No período da alagação foi mais complicado. Tivemos que dar uma parada. Depois que a água desceu, fizemos a limpeza do estacionamento e começamos a trabalhar. É difícil empreender, a crise está aí, mas, graças a Deus, estamos conseguindo sobreviver. Nosso espaço é privilegiado. Para gente, o custo ainda é maior, porque o rio sobe e desce. Isso tudo dá trabalho. O flutuante não pode ficar no seco, quando enche tem que puxar para a beira e assim vai”, explica Carlos Malveira.
O empreendimento é focado no público familiar. “O ambiente é todo familiar. Temos uma piscina para as crianças. Os pais podem vir e deixar seus filhos à vontade. O restaurante está todo cercado, prezamos muito pela segurança dos nossos clientes. Temos todas as documentações exigidas pela Marinha”, destacou o proprietário.
Malveira ressaltou que, a princípio, o flutuante não tinha sido construído com a função de ser um restaurante, no entanto, foi tomando uma proporção maior.
“Era para passar o final de semana com a família e com os amigos, em uma outra área de terra que temos nas margens do rio, mas tomou um outro rumo. As pessoas gostavam da comida que a gente fazia e pensamos em montar o restaurante. Nossa comida é simples, caseira, feita com carinho e isso que caiu na graça da nossa clientela. Quero que as pessoas venham e retornem pelo ambiente e pela comida. Nosso ‘carro chefe’ é a costelinha de tambaqui, porém temos outros pratos, com moqueca, filé, risoto e galinha caipira”, salientou.
Na parte de turismo com barco, Carlos disse que já trabalha há quase 10 anos. “Apesar da seca do Rio Acre, estamos fazendo passeios, um a dois passeios por semana. A opção é de barcos menores devido à vazante. Em alguns pontos, não conseguimos passar, como na frente da Gameleira, mas conseguimos fazer um roteiro até a terceira ponte. Cobramos R$ 50 por pessoa, por 25 minutos de passeio. Não é barato, porém é devido ao custo que é alto, de motor, de barco, de manutenção, documentação e do material salva-vidas. Quem faz o passeio fica encantado. Costumo dizer que o acreano não conhece 10% das belezas que o Acre tem”, observa Malveira.
A primeira de muitas vezes
O casal Jamaica Guerreiro, professora mediadora do município, e José Vinícius do Nascimento, policial civil aposentado, acompanhados dos filhos, visitou, pela primeira vez, o restaurante.
“Essa é a primeira vez que viemos almoçar aqui. Sempre saímos nos finais de semana, esse já é um passeio programado pela família. Passando pela Gameleira, alguns dias atrás, vimos o flutuante e decidimos conhecer. Pedimos uma galinha caipira, que é um prato tradicional da nossa região. Gostamos muito do espaço, da comida e do atendimento. Vale a pena conhecer o lugar”, recomendou a professora.
O Restaurante Flutuante Malveira fica localizado na Rua Nossa Senhora da Conceição, no bairro Cidade Nova, Segundo Distrito da Capital, e funciona de quinta a domingo, das 11h às 18h, inclusive com música ao vivo. Telefone para contato: (68) 99971-8207 (Instagram: @flutuante_malveira).
“Convido todos a conhecer, visitar o restaurante, independentemente se vai almoçar ou não. Que venham tirar fotos do rio, que, apesar dessa seca severa, ainda tem muita beleza. Quando o rio começar a subir, teremos mais opções em relação aos passeios”, finalizou Malveira.