“A equipe técnica conclui que, diante dos resultados das entrevistas com ribeirinhos, reunião com os representantes institucionais e levantamentos bibliográficos, no dia do evento de mortandade de peixes, no Rio Amônia, possa ter ocorrido uma diminuição das concentrações de oxigênio dissolvido, em função da elevação extrema da temperatura da água, associada ao baixo nível da coluna d’água, tornando o ambiente inóspito aos peixes”, afirma trecho da nota.
A metodologia utilizada baseou-se em coleta de amostra de água para análise, entrevista com os moradores e instituições parceiras, assim como levantamento bibliográfico científico sobre a temática.
A área visitada pela equipe técnica abrangeu um trecho de aproximadamente 10 km no Rio Amônia, com pontos de coleta diferentes que se estenderam até o Rio Juruá.
“Ressalta-se, ainda, que na amostra de água não foi detectada a presença de metais pesados; e para as variáveis DBO, nitrogênio amoniacal, fósforo total e coliformes termotolerantes, que são indicadores utilizados para qualidade de água, constatou-se valores dentro dos limites aceitáveis para rios de classe II, com exceção do nitrogênio amoniacal, que apresentou valores acima do aceitável pela legislação. Todavia, este fato não implicaria em mortandade de animais”, aponta a nota.
A secretária do Meio Ambiente, Julie Messias, explicou que a situação vem sendo enfrentada com planejamento e coordenação nas ações para amenizar os impactos do período de seca prolongada.
“Agimos em tempo na situação de Marechal Thaumaturgo para dar segurança à população e entender o que estava causando a morte dos peixes. Infelizmente, os outros estados da Amazônia também enfrentaram a mesma situação. O laudo da avaliação da qualidade da água que descarta contaminação, acende um outro alerta que é a alta temperatura da água. Estamos dialogando na Sala de Crise da Região Norte, da Agência Nacional de Águas (ANA), a qual a Sema, por meio da Sala de Situação, integra”, afirmou.
(Janine Brasil / Agência de Notícias do Acre)