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Empresário que agrediu jovem é solto após pagar R$ 10 mil de fiança


O empresário Adriano Vasconcelos Correa da Silva, de 47 anos, filmado agredindo o professor Paulo Henrique da Costa Brito, 23 anos, foi preso em flagrante por militares que presenciaram a agressão, na terça-feira, 3. Entretanto, após audiência de custódia e pagar R$ 10 mil de fiança, Adriano foi solto na manhã desta quinta-feira, 5.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que o empresário utiliza um copo de whisky para agredir o rosto de Paulo. À GAZETA, Francisca Silva Marques, tia da vítima, afirmou que o jovem teria pedido para o empresário parar de xingar um morador de rua que passava no local e que, por isso, segundo ela, o homem teria agredido Paulo.

Nas imagens que circulam nas redes sociais, é possível ver a viatura da Polícia Militar estacionando ao lado e, apesar da presença dos militares, o agressor não se intimida e pratica a violência.

Internado no Pronto Socorro de Rio Branco, desde a última quarta-feira, 4, o jovem Paulo Henrique aguarda pela cirurgia de retirada do olho esquerdo. Ele teve perda total da visão e do globo ocular devido a gravidade da lesão.

Injustiça

A soltura do agressor gerou revolta à família de Paulo Henrique. A tia do rapaz, Francisca Marques comentou a situação.

“A gente sabe que ele [agressor] foi preso, na hora lá. Mas, ele pagou uma fiança de R$ 10 mil e foi solto. A gente sabe que a justiça é injusta pois com R$ 10 mil o cara tá livre, enquanto o Paulo está aqui chorando de dor”, afirmou Francisca.

Demora na cirurgia

Ainda segundo a família de Paulo Henrique, a cirurgia que era para ter ocorrido na quarta-feira, 4, foi adiada para esta quinta-feira, 5. Mas, ainda não se sabe se o procedimento será realmente realizado hoje.

“Estamos na correria para ver se a gente consegue, pois tornaram adiar de novo a cirurgia dele. O menino ainda está com o mesmo curativo que veio de Brasileia”, afirmou Francisca.

Investigação

Em nota, divulgada nesta quinta-feira, o Ministério Público do Acre (MPAC), por meio da Promotoria de Justiça Criminal de Brasileia, informou que está acompanhando as investigações.

“O Ministério Público obteve imagens do incidente, que serão utilizadas para subsidiar os procedimentos necessários a fim de esclarecer os acontecimentos e tomar as medidas cabíveis para que a lei seja aplicada de acordo com os fatos e o agressor seja responsabilizado. Além disso, a Promotoria solicitará o apoio do Centro de Atendimento a Vítima (CAV) do MPAC para garantir a proteção e segurança da vítima e de sua família durante todo o processo.”

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