Um psicólogo que atende na rede pública da Prefeitura de Feijó teve sua prisão decretada pela Vara Criminal da Comarca do município. A determinação judicial, ocorrida em setembro, que autorizou busca e apreensão em sua residência, assim como a perícia em seu celular, foi permitida após uma paciente o acusar de estupro, durante uma consulta.
Segundo os autos, o profissional teria se aproveitado da sua condição para cometer o abuso. A vítima denunciou o psicólogo durante uma oficina do Projeto Mulher, do Observatório de Violência de Gênero, do Ministério Público do Acre (MPAC).
A prisão preventiva do psicólogo foi decretada pela periculosidade concreta e potencialidade lesiva. Recentemente, uma segunda vítima decidiu denunciá-lo, resultando na decretação de medidas especiais de proteção pela Justiça acreana.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Acre, além de tentar contato físico contra a vontade da paciente, o psicólogo teria externado vários dizeres importunadores. Apesar de estar detido preventivamente, as medidas de proteção foram consideradas necessárias pela juíza Ana Saboya, afirmou o TJ.
Ambos os processos correm em segredo de Justiça, sendo que a juíza responsável pelo segundo caso destacou indícios de violência sexual e institucional por omissão.