O clima na Câmara de Vereadores de Rio Branco está quente. Após polêmicas envolvendo o projeto de pedido de empréstimo de R$ 340 milhões, solicitado pelo prefeito Tião Bocalom (PP), a vice-presidente da casa legislativa Lene Petecão (PSB) e o vereador Ismael Machado (PSDB) tiveram os seus indicados exonerados da Prefeitura de Rio Branco, nesta quinta-feira, 26.
Ao todo, 17 cargos comissionados ligados aos vereadores, outrora base de Bocalom da Câmara, foram destituídos de suas funções, com decretos já publicados no Diário Oficial do Estado (DOE). Entre os exoneradores, está Elias Evangelista, marido de Lene Petecão, que ocupava o cargo de Diretor Administrativo e Financeiro da Empresa Municipal de Urbanização de Rio Branco (EMURB).
“São dois pesos e duas medidas. Em 2019, o líder do prefeito [João Marcos Luz] votou contra um pedido de empréstimo de R$ 48 milhões e, à época, eu concordei com ele, era muito dinheiro mesmo. Mas, repito: dois pesos e duas medidas, agora, com o pedido de R$ 340 milhões querem que a Lene Petecão fique calada. E R$ 340 milhões não é muito dinheiro não? Nós temos o direito de analisar, ouvir a nossa Procuradoria e os demais colegas vereadores”, enfatizou Lene.
Ainda durante o seu discurso, Lene disse que o vereador João Marcos Luz a tratou mal nos corredores da Câmara, bem como a veredora Elzinha Mendonça. “Vossa excelência pediu a cabeça dos meus para servir de exemplo aos demais. Por que a Lene Petecão? Porque eu sou mulher. A partir de hoje, você comprou uma briga com os meus aliados, pois foram eles que sentiram na pele a perseguição”, afirmou.
Ainda segundo a parlamentar, o Chefe da Casa Civil do Prefeitura de Rio Branco, Vatim José, teria chamado os vereadores contrários a proposta do empréstimo de “vagabundos”. “Eu não sou vagabunda, eu tenho marido, eu tenho filho formado em universidade federal de Medicina. Taí vereadores aliados dos líder, peguem os cargos, dividam e saboreiem”, disse.
Também componente da base de Bocalom, o vereador Samir Bestene pediu a parte para se solidarizar à parlamentar. “Eu sinto e entendo o seu desabafo na tribuna. Nós participamos dessa gestão desde o começo, quando ninguém acreditava no prefeito Tião Bocalom. Nenhum partido queria o prefeito, o PP abriu as portas para ele que tinha apenas 5% de intenção dos votos, enfrentamos as duas máquinas para ganhar essa eleição e a vossa excelência é perseguida por estar analisando o projeto de alto valor, que tem que ser analisado por todos nós”, afirmou.
Ainda me sua fala, Lene criticou duramente a forma de atuação do vereador João Marcos Luz. “O papel do líder tem sido de fuxico do prefeito. Vereador João Marcos Luz me tratou como uma inimiga e eu ouvi da Boca do prefeito que não sou confiável.
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