O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (Progressistas), afirmou, nesta quarta-feira, 4, em entrevista ao Bar do Vaz, que não vai sair do partido e que seguirá pleiteando, internamente, sua candidatura à reeleição no ano que vem.
A declaração foi em reposta ao ofício, encaminhado pela sigla, em que o prefeito é “convidado” a se retirar da legenda, caso insista em disputar a prefeitura no ano que vem. Na semana passada, o PP apresentou o atual secretário de Governo (Segov), Alysson Bestene, um dos braços direitos do governador Gladson Cameli, como o pré-candidato ao Executivo da capital pela agremiação.
“A minha proposta é que continuarei trabalhando e pleiteando internamente ser o candidato. Isso aí, nesse momento, estão dizendo que vai ser o Alysson e que o Bocalom pode ir embora, mas eu não vou por esse caminho, eu ainda vou persistir”, disse.
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O prefeito minimizou a opção do Progressistas por Alysson, que se deu em votação interna e unânime por um grupo de delegados do partido. “Isso daí não é convenção, uma convenção só acontece em julho do ano que vem, então até lá tem muita água para passar debaixo dessa ponte. Tem muita coisa para acontecer”.
O prefeito é alvo de quatro pedidos de expulsão do PP por infidelidade partidária, após apoio, nas eleições gerais de 2022, à candidatura ao governo do atual senador Sérgio Petecão (PSD), com quem já rompeu, ao invés de Gladson, seu colega de partido.
Bocalom, no entanto, devolveu na mesma moeda a falta de apoio do governador em 2020, quando se elegeu prefeito. Na época, Cameli fez campanha para Socorro Neri (ex-PSB), principal adversária de Bocalom na disputa. Ela migraria para o PP meses depois, mesmo após a derrota para a sigla.
Eleita deputada federal em 2020, Neri assumiu o comando do partido em Rio Branco e vem liderando as decisões da cúpula pepista, que, segundo ela, não se identifica com o prefeito.