O ex-presidente do PT no Acre, Cesário Braga, crítico ferrenho ao governo Gladson Cameli (PP), tem mudado o tom do discurso e agora quer que os petistas estejam no palanque do partido do governador, que lançou como pré-candidato à prefeitura de Rio Branco o dentista Alysson Bestene, atual secretário de Governo (Segov).
Hoje superintendente do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) no Acre, Cesário apoia a chapa Bestene e Marcus Alexandre (MDB), com o PT na aliança. “Defendo essa chapa mesmo. Pra mim, alinhar governo federal, governo estadual e prefeitura de Rio Branco no mesmo caminho ajudaria muito a nossa cidade”, disse, ao A Gazeta do Acre.
“O Marcus Alexandre tem todas as condições de fazer uma boa disputa e já mostrou que é o melhor que a gente tem. E o governo do estado pode ser parceiro nessa construção, assim como o governo federal será. Temos que unir todo mundo que quer o bem de Rio Branco contra Bocalom, que é prejudicial para nossa cidade”, justifica.
No último sábado, durante plenária do PT, o comando do partido formalizou a aliança com seu ex-prefeito, que vai disputar um novo mandato pelo MDB. Na semana passada, foi criado um Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) em torno da pré-candidatura de Alexandre, com a presença dos petistas e membros do PCdoB, PV, PSOL e Rede Sustentabilidade, além do MDB.
A posição de Cesário parece não ter o apoio do atual presidente da legenda no Acre, ex-deputado Daniel Zen, que, em declaração à imprensa, colocou o partido no lugar que lhe cabe na disputa, diante da atual conjuntura política local.
“Nessas eleições de 2024 nós, do PT, seremos apenas aliados. E aliado participa da aliança na condição de convidado. Quem dá o tom na construção da aliança não são os convidados, mas sim quem convida. Na minha sincera opinião, quem deve conduzir – e opinar – sobre a política de alianças é o pré-candidato e o seu respectivo partido, no caso, o Marcus Alexandre e o MDB”, disse.