Agora é oficial: Alysson Bestene é o pré-candidato do Progressistas à prefeitura de Rio Branco. A oficialização acontece nesta segunda-feira, 2, em uma grande festa para a militância, na sede do partido, no bairro Jardim Nazle, com a participação de Bestene.
O atual secretário de Governo, um dos braços direitos do governador Gladson Cameli, foi aclamado pré-candidato no dia 23 de setembro em votação interna unânime. Ele conta com o apoio do chefe do Executivo estadual, além da vice-governadora Mailza Assis e da presidente municipal da legenda, deputada federal Socorro Neri, que coordena o ato desta segunda.
A escolha pelo nome de Alysson gerou polêmica dentro do Progressistas, que já tem a prefeitura de Rio Branco sob seu comando, porém, sob a liderança de Tião Bocalom, que venceu as eleições de 2020, mas acabou rifado para a reeleição de 2024 pela sigla. Ele terá de procurar outra agremiação caso queira disputar nas urnas mais um mandato.
Segundo Neri, “grande parte” dos dirigentes, lideranças e militantes pepistas não se identificam com Bocalom, o que resultou em sua derrota nas internas do dia 23. Ela deixou claro, ainda, que não há candidatura natural dentro do PP.
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Pesquisa publicada nesta segunda pela Real Time Big Data mostra Bocalom à frente nas intenções de voto (27%), em empate técnico com o ex-prefeito Marcus Alexandre (31%), do MDB. Bestene tem apenas dois 2%.
Além disso, o pré-candidato ungido pelo governador Gladson é o segundo mais impopular na lista de sete nomes que podem disputar as eleições majoritárias em outubro do ano que vem, com 35% dos entrevistados afirmando que não o conhecem.
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Infidelidade partidária
Bocalom é alvo de quatro pedidos de expulsão do PP por infidelidade partidária. As formulações questionam o não apoio do prefeito ao governador Gladson Cameli nas eleições de 2022, quando este disputava a reeleição. Na época, Bocalom optou por fazer campanha para o então candidato Sérgio Petecão (PSD), que rompeu com o prefeito meses atrás.
O apoio de Bocalom a Petecão foi em resposta à ajuda recebida pelo atual prefeito nas eleições de 2020, enquanto que o governador preferiu abraçar o nome de Socorro Neri mesmo com um candidato do seu partido disputando as eleições. Gladson, no entanto, não foi alvo de pedidos de expulsão.