A deputada federal Socorro Neri (PP) entrou na briga em prol dos artistas que questionam a contratação de uma empresa de Sena Madureira, ligada aos ramos alimentício e de assessoria rural, para gerir os recursos da Lei Paulo Gustavo em Rio Branco.
A ex-prefeita da capital anunciou, nesta terça-feira, 3, em suas redes sociais, que vai acionar o Ministério Público Federal (MPF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) para investigar o caso.
Os artistas querem esclarecimentos da Fundação Garibaldi Brasil (FGB), autarquia ligada à prefeitura, sobre a contratação, no valor de R$ 200 mil, do empreendimento sena madureirense. Eles questionam a experiência da empresa com gestão de projetos culturais.
Neri também se solidarizou com o cantor e compositor acreano Diogo Soares e a coordenadora do Conselho Municipal de Cultura, Camila Cabeça, no episódio envolvendo os artistas e o vereador João Marcus Luz, líder do prefeito Tião Bocalom.
Diogo foi retirado do plenário com um “mata-leão” durante a sessão. Na confusão, Camila afirmou que teve um dos braços machucados. A deputada federal classificou a conduta dos seguranças como “total absurdo”.
Total absurdo o que vimos acontecer na Câmara de Vereadores de RB. Diogo Soares e Camila Cabeça, artistas respeitados na cena cultural do nosso AC, foram violentados junto com outros fazedores de cultura por seguranças a mando do líder do pref. Bocalom, vereador João Marcos Luz.
— Socorro Neri (@SocorroNeriAc) October 3, 2023
Diante da polêmica, a empresa contratada pela FGB enviou à prefeitura um ofício em que abre mão da operacionalização da Lei Paulo Gustavo, criada para fomentar projetos artísticos em todo o Brasil. Um novo processo será aberto para a contratação de outro empreendimento.
Nesta quarta-feira, 4, o presidente da FGB, Andeson Nascimento, estará na sessão da Câmara de Vereadores prestando esclarecimentos sobre a contratação que tem gerado polêmica.
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