Os vereadores que se posicionarem contra o projeto de lei que autoriza a prefeitura de Rio Branco a fazer um empréstimo de R$ 340 milhões poderão ser expulsos da base de Tião Bocalom (PP) no parlamento-mirim. Foi o que disse, na manhã desta quarta-feira, 25, em coletiva de imprensa, o líder do prefeito na Casa, vereador João Marcus Luz (sem partido).
O montante desejado pelo prefeito serviria para investir em obras de infraestrutura, como saneamento, melhorias no abastecimento de água e a construção de mais de mil casas populares.
No entanto, alguns vereadores, inclusive da base, alegam ausência de informações detalhadas sobre as condições do empréstimo, além de documentações importantes para sua tramitação na câmara. A prefeitura nega falta de esclarecimentos e disse que chamou os parlamentares na semana passada para sanar todas as dúvidas sobre o projeto.
O próprio partido do prefeito chegou a orientar seus vereadores a se colocarem contra o empréstimo, inaugurando um novo capítulo da queda de braços que Bocalom vive com o Progressistas, que o rifou da disputa para a reeleição e analisa processos que pedem sua expulsão por infidelidade partidária devido o não apoio a Gladson Cameli na eleição passada.
“A minoria não pode vencer a maioria. Se eles [vereadores da base] não querem acompanhar a maioria, que sigam o caminho da oposição”, afirmou João Marcus Luz, que está em vias de se filiar ao Partido Liberal, do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O primeiro vereador que poderá ir para a oposição é Célio Gadelha, do MDB. Nas últimas horas, a legenda recomendou que ele não vote a favor do projeto. A saída de Gadelha da base já era iminente, uma vez que seu partido tem pré-candidatura própria à prefeitura da capital, o ex-petista Marcus Alexandre, que promete ser a principal pedra no sapato de Bocalom nas urnas.