Edielson Oliveira, o homem de 45 anos que ateou fogo em um carro e foi linchado em Araraquara, no interior de São Paulo, no último domingo (19/11), disse à polícia que o veículo foi um presente que ele deu ao genro, identificado como “Juninho Virgílio”, de 22 anos.
Os personagens ganharam notoriedade nessa quarta-feira (22/11) após Camila Oliveira, filha de Edielson e esposa de Juninho, revelar nas redes sociais que seu pai e tinham um caso com o próprio genro. Ela fez a descoberta ao acessar o celular de Edielson e se deparar com conversas do pai e de Juninho, além de vídeos em que os dois fazem sexo em um motel.
Após a repercussão do caso, Edielson teria ido até a casa da filha e ateado fogo no carro de Juninho. Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram o homem gritando no meio da rua e jogando garrafas nos muros das residências. Irritados, moradores que assistiam à cena derrubaram Edielson no chão e começaram a agredi-lo.
Edielson Oliveira registrou boletim de ocorrência sobre o episódio na Delegacia Seccional de Araraquara. No documento, o homem de 45 anos não detalha em que momento o carro incendiado, um Chevrolet Vectra, teria sido dado como presente para Juninho e Camila. No B.O., o veículo consta como propriedade de outra pessoa. Localizado pelo Metrópoles, o antigo dono disse que vendeu o automóvel há muito tempo e se surpreendeu ao saber que o proprietário atual ainda não havia feito a transferência.
À polícia Edielson ainda admitiu ter jogado garrafas na direção de Juninho e do irmão dele, que não foi identificado. Uma testemunha disse ter sido atingida por estilhaços e que ficou ferida na perna.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o caso foi registrado como dano e lesão corporal. Será feita perícia no local, e os envolvidos vão receber notificação para comparecer à unidade policial.
Após o linchamento, Edielson foi levado para a UPA do bairro Vale Verde, onde ficou internado.
Reportagem do Metrópoles