Uma pesquisa revelou que apenas 36,39% do esgoto produzido em Rio Branco é tratado. A capital acreana figura entre as 10 cidades com pior saneamento do país, segundo o Instituto Trata Brasil, em levantamento realizado em março deste ano.
Com quedas no ranking, a cidade enfrenta desafios como a falta de acesso à coleta de esgoto para mais de 325 mil habitantes e a ausência de água tratada para 193,6 mil residentes.
No Brasil, 46,2% das moradias enfrentam problemas de saneamento. Com base na PNADCA de 2022, o Instituto Trata Brasil destacou que, dentre os 74 milhões de domicílios analisados, 8,9 milhões não têm acesso à rede de água e 22,8 milhões carecem de coleta de esgoto.
O estudo, divulgado na quinta-feira, 16, aponta que 53,8% dos lares brasileiros não enfrentam nenhuma privação, enquanto 25,2% têm uma, evidenciando desafios significativos. A falta de saneamento impacta diretamente na saúde, especialmente de crianças e jovens.
Estados como Pará, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro lideram as estatísticas de populações afetadas, ressaltando disparidades raciais. A pesquisa destaca que 9,8% dos brancos, 11,1% dos pretos, 9,6% dos amarelos, 15,9% dos pardos e 18,9% dos indígenas sofrem com a falta de acesso à rede de água.
Além disso, o estudo evidencia as deficiências no abastecimento irregular de água, disponibilidade de reservatório, presença de banheiro e coleta de esgoto em diferentes estados. O Rio Grande do Sul lidera as privações de reservatório, enquanto o Pará enfrenta a maior carência na coleta de esgoto.