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Após 13 anos, nova edição do Festival Varadouro é divulgada para 2024

Jornalista José Norberto Flesch, conhecido no X (antigo Twitter) por divulgar grandes shows e festivais que ocorrem em território brasileiro, postou, recentemente, em seu perfil, que um circuito de festivais irá acontecer em estados amazônicos, e o Acre está incluso nesta lista de eventos, com o retorno do antigo festival Varadouro, que deixou de acontecer em 2010.

O circuito terá mais informações divulgadas no próximo dia 16 de novembro, e conta com 8 eventos marcados até agora, sendo eles: Varadouro (Rio Branco – AC), Quebramar (Macapá – AP), Calango (Cuiabá – MT), Se Rasgum (Belém – PA), Até Tucupi (Manaus – AM), Casarão (Porto Velho – RO), Tomarrock (Boa Vista – RR) e BR 135 (São Luís – MA). 

O festival Varadouro teve seu início em 2004, quando se chamava Guerrilha Rock Festival, e reunia diversos artistas locais, para apresentações e troca de experiências com artistas de demais estados, e até mesmo de outros países da América Latina. Era um ambiente de fomento de arte e uma cena cultural que envolvia rock, grafite, dança, skate, fotografia e tantas outras maneiras de expressão.

A consagração do festival veio em 2006, quando passaram a integrar a Associação Brasileira de Festivais Independentes, o que ajudou a chamar atenção de bandas de outros estados do país. Com o grande incentivo à cultura por parte do estado na época, o festival chegou a trazer em certos momentos representantes de toda a região norte.

O ex-deputado Daniel Zen é baixista da banda Filomedusa, fez parte da organização do festival no passado, e hoje, com o seu retorno anunciado, tem sido uma das vozes que chamam atenção para o evento. Em seu Instagram, ele divulgou a seguinte mensagem sobre o Varadouro.

“Hoje apresentamos o Festival Varadouro, o maior da história de Rio Branco, uma janela para a força cultural do Acre. A cidade sempre fervia nos dias de Festival Varadouro, com suas rotas criadas para receber a cultura latina e com os palcos em homenagem aos seringais Bom Destino e Cachoeira. Uma geração inteira curtiu o festival e construiu a cena cultural da cidade. Não eram só shows, era uma inspiração: todas as pessoas saiam surpreendidas com o que acontecia nessa Amazônia Ocidental. Agora voltamos para novos caminhos, varadouros abertos pela potência da cultura que nos preenche! Bora junto! 2024 é tudo nosso!”, disse Zen, em sua publicação nas redes.

Magda Tomaz é jornalista, e participou da produção do evento, no início dos anos 2000, como parte da equipe de assessoria de comunicação na época, e conta um pouco sobre como foi a experiência de trabalhar no Festival Varadouro. 

“Fizemos uma força tarefa pra cobrir todas as bandas e garantir que quem não estivesse no evento pudesse acompanhar em primeira mão, então antes de entrarem no palco, nós tirávamos fotos e pegávamos algumas curiosidades sobre as bandas pra publicar rapidamente no nosso site”, conta Magda

Ela ainda comenta sobre a importância de ter eventos como o Festival Varadouro retornando para a cena cultural de Rio Branco. “Sempre foi difícil, estamos fora do eixo Rio-São Paulo, o festival serviu para conectar as bandas, fazer um intercâmbio para eles e pra nós, jornalistas, também veio muita gente de fora, foi muito bacana a troca de experiências como um todo”, revela Magda, que estava terminando a faculdade de jornalismo, quando pôde participar da assessoria de imprensa do evento.

“Somos resultado do nosso meio, quanto mais influências positivas tivermos, melhores seremos. Investir em cultura e promover essa cultura é investir em pessoas melhores. Acredito que desconstruir a ideia de que os grandes centros e os eixos padrões tão impressos no discurso cultural é necessário e a volta do Festival Varadouro vai consolidar essa ideia”, finaliza ela.

Se quiser conferir mais sobre o Festival Varadouro, confira a reportagem feita para o programa Radiola aqui embaixo.

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