A Black Friday deste ano, no país, foi marcada por um desempenho abaixo das expectativas, consolidando-se como a segunda pior da história do evento, que iniciou, no Brasil, em 2010. Entre quinta-feira, 23, e sábado, 25, as vendas totalizaram R$ 4,5 bilhões, representando uma queda de 14,4% em comparação ao ano anterior, conforme dados da Confi.Neotrust em parceria com a ClearSale.
Os setores mais afetados foram celulares, eletrodomésticos e informática, cujo desempenho foi impactado pelo aumento dos juros, após 2021, e pelos altos valores dos produtos. O endividamento das famílias e estratégias de redes que resultaram em ofertas menos agressivas também contribuíram para o fraco desempenho dessas categorias.
Por outro lado, cosméticos, alimentos e bebidas, e moda apresentaram crescimento de 26,7%, 6% e 7%, respectivamente, na quinta e sexta-feira, em comparação ao ano anterior, segundo a NielsenIQ Ebit. Embora as vendas nacionais tenham decepcionado, executivos do setor apontam para um cenário de margens melhores, sugerindo uma Black Friday mais rentável para algumas empresas.
Contexto local
Em Rio Branco, as promoções ainda estão em curso, em algumas lojas, isso até o final deste mês, e empresários relatam resultados satisfatórios. “Encerramos a Black, no último final de semana, já estamos trabalhando coleção de fim de ano. Não que as vendas sejam boas como o Natal, mas ‘salva’ um mês parado como novembro. Nossas vendas foram boas”, afirmou a empresária Dani Barcellos, sócia-proprietária de uma rede de lojas populares em Rio Branco.
A pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio-AC) revelou que 91,5% dos empresários na capital acreana estão otimistas com as vendas de Natal, indicando esforços para recuperar o último bimestre deste ano.
A pesquisa foi feita no último dia 13, junto a 103 empresários e a 203 pessoas com potencial de consumo doméstico na Capital. Além disso, para 62,2% dos entrevistados, as vendas devem crescer entre 10% e 50%; em contrapartida, 30,2% acreditam numa redução entre 10% e 25%.
Apesar dos desafios enfrentados na Black Friday, a expectativa é de que estratégias de impulsionamento das vendas natalinas possam reverter a situação e proporcionar um encerramento de ano mais positivo para o comércio.