O coletivo de artistas Traços Errantes realiza, nesta quarta-feira, 22, uma exposição, na Associação de Docentes da Universidade Federal do Acre (Adufac). A mostra ficará disponível até o dia 16 de janeiro e contará com obras de três artistas de estilos diferentes. O evento faz parte da programação de comemoração ao aniversário de 44 anos da Adufac.
Diego Fontenele, que está à frente do grupo, explica que a oportunidade surgiu durante a semana acadêmica de História, que ocorreu entre os dias 24 e 27 de outubro.
“É uma extensão da mostra de arte que ocorreu na semana acadêmica. A Adufac tinha cedido pra nós os painéis e, por consequência, viram as artes expostas, então a presidente da Adufac, a professora Letícia Mamed, procurou a gente pra fazer algo maior” explicou Fontenele.
Sobre o seu estilo artístico, ele explica ter uma ampla gama de trabalhos e materiais utilizados, indo do uso de madeira, giz, pincéis até elementos recicláveis.
“Minha arte é bem misturada, trabalho com materiais diversos e faço pinturas em materiais reaproveitados, principalmente em madeira, uso do giz ao pincel, sempre com materiais da área escolar. Faço, além de artes plásticas, séries ilustradas de personagens autorais meus. Tenho base na literatura e na música popular brasileira, e, ultimamente, tenho emulado estilo da pintura de cordel, pois tenho muita referência dessa arte”, revela o artista.
Fontenele também conta que as artes colaborativas entre os três artistas serão expostas, mostrando a integração entre os diferentes estilos presentes entre eles. Além disso, artes interativas, com o uso de materiais texturizados estarão disponíveis, para que quem visite a exposição possa deixar um pouco de sua marca no local.
José Lucas é outro dos artistas que participa do coletivo e falou um pouco da colaboração entre os três, e como isso pode gerar bons frutos no futuro.
“Acho que isso é muito interessante em nosso coletivo, somos três artistas que tem segmentos, trabalhos e visões muito diferentes um dos outros, isso é ótimo, porque assim há um contraste maior entre nossas exposições, assim como nos nossos collabs.”, disse ele.
Quando Lucas fala sobre suas artes, enfatiza que seu maior foco é se expressar através da representação do corpo humano e suas nuances. “Pra mim, o corpo humano aproxima mais fortemente quem está observando a obra, pois o corpo humano é o que somos visualmente, então ver algo que se assemelha a isso pra mim é mais forte, gosto de desenhar coisas mais representativas mas sempre trazendo o aspecto do corpo humano”, explica o jovem.
O último integrante do coletivo Traços Errantes é Jhônatas Natan, que fala da diferença de estilos que existe entre cada um dos membros, e como isso ajuda na criação de coisas diferentes e modifica o processo de criação artístico de cada um deles.
“Apesar dos nossos estilos serem bem diferentes, o José Lucas, por exemplo, tem um estilo de arte mais experimental, com personagens mais focados na anatomia, já o Diego tem artes mais voltadas pro lado conceitual, desenhos com significados e um traço único dele, fora que o Diego tem um trabalho de reciclagem de materiais para desenhar bastante lindo. Já eu creio que minha arte seja mais voltada pra questão da pintura, esse olhar mais mágico das coisas, gosto muito de retratar o feminino nos desenhos e também muita informação de moda.”, disse Natan.