O ano era 2019, e um dos maiores telejornais da TV brasileira, o Fantástico, transmitia para todo o Brasil um crime revoltante: um grupo de caçadores, liderado por um dentista, se embrenhava nas matas acreanas para matar animais por puro prazer. Entre as presas dos caçadores, estavam onças-pintadas – que estão ameaçadas de extinção -, capivaras, veados-vermelhos e porcos-do-mato.
Nesta quarta-feira, 29, o Ministério Público Federal (MPF) comunicou que o profissional de saúde, identificado como Temístocles Barbosa Freire, foi condenado pela Justiça a pagar R$ 429 mil de indenização por coordenar as caçadas ilegais. Parte do dinheiro será revestido ao Fundo Nacional do Meio Ambiente.
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Os crimes pelos quais o dentista foi sentenciado teriam acontecido em 2016, quando 12 onças foram abatidas a sangue frio pelo grupo. Para isso, eles usavam cachorros de caça, que também sofriam maus tratos para, segundo a reportagem do Fantástico, aguçar o instinto caçador. Os cães que não colaboravam eram descartados pelos homens, que têm suas identidades, fotos e funções reveladas pela reportagem do semanário da TV Globo.